“Deputados extremistas impedem audiência e desrespeitam o Poder Legislativo”, denuncia Dino

Segundo o ministro, a sequência de atitudes ameaçadoras, ofensivas e agressivas de deputados extremistas impediu realização da audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara

Ministro da Justiça, Flávio Dino, na CCj da Câmara - 27.03.2023
Ministro da Justiça, Flávio Dino, na CCj da Câmara - 27.03.2023 (Foto: Agência Câmara)


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247 — A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados foi palco de uma sessão tensa nesta terça-feira (11), quando o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), deixou a reunião após cerca de uma hora e meia. Deputados de oposição gritaram “fujão” quando Dino deixou a sessão.

De acordo com o ministro, a sequência de atitudes ameaçadoras, ofensivas e agressivas de deputados extremistas impediu a realização da audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara. Dino classificou a atitude como um desrespeito ao povo brasileiro e ao próprio Poder Legislativo.

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“Infelizmente deputados extremistas adotaram uma sequência de atitudes ameaçadoras, ofensivas e agressivas, impedindo a realização de audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara. Considero um desrespeito ao povo brasileiro e ao próprio Poder Legislativo”, disse o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB).

Durante a sessão, Dino, afirmou que um novo decreto sobre armas de fogo no País deve estar pronto em maio, provocando a ira de bolsonaristas.

O presidente da comissão, deputado Sanderson (PL), alertou que o ministro iria embora caso as interrupções continuassem. A sessão foi repleta de discussões, tapas na mesa e deputados apontando o dedo na cara uns dos outros.

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Cabo Gilberto Silva (PL) afirmou que Dino não estava ali como senador, mas como ministro. Ele destacou que, se estivesse como senador, não teria processado cinco parlamentares dessa Casa e dois senadores. Quando Dino tentou responder, o deputado o cortou.

Outro deputado, Éder Mauro (PL), afirmou que “a questão do respeito na CCJ não aconteceu e beneficiou a esquerda”. Ele lembrou da ofensa ao deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que foi chamado de “chupetinha”. Mauro pediu que os deputados falassem sem ameaçar que o ministro levantasse e fosse embora.

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Ao longo da sessão, Sanderson alertou que parlamentares que não são membros da comissão estavam atrapalhando e que todos deveriam manter a ordem mínima para que a reunião pudesse seguir. Apesar dos apelos do presidente, os embates e interrupções continuaram sendo frequentes.

A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados deve fazer uma nova convocação para ouvir o ministro da Justiça em outra data. No entanto, é importante destacar que a tensão entre governo e oposição pode dificultar o diálogo e o trabalho no Congresso Nacional.

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