Depois de SP, terrorismo também em Santa Catarina

Após os ataques que dominam a capital paulista, violência chega a Santa Catarina, onde uma base da PM e um presídio foram alvos de tiros e dois ônibus e um carro da PM foram incendiados na madrugada de segunda para terça-feira na região metropolitana de Florianópolis e Blumenau; governo acredita em "imitação" dos atentados de São Paulo

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247, com Rede Brasil Atual – Depois da onde de ataques presenciada pelos paulistas, o terrorismo nas ruas chegou a Santa Catarina. Desde a tarde de segunda-feira, mais de 20 ataques foram registrados no Estado. Na madrugada desta quarta-feira, 12 suspeitos foram detidos. Dez garotos estavam escondidos numa creche na capital, Florianópolis, e dois homens foram pegos com galões de gasolina.

Dois ônibus foram incendiados no norte da capital catarinense, o carro particular de um policial militar morador de Canavieiras foi incendiado em local próximo e uma base da PM foi alvo de oito tiros em um posto policial em Palhoça, na Grande Florianópolis. O presídio Regional de Blumenau foi alvo de tiros e dois suspeitos foram presos.

De acordo com o secretário de Segurança Pública de Santa Catarina, César Grubba, a série de atentados ocorridos em Florianópolis pode ter sido uma imitação dos ataques ocorridos em São Paulo. "O que existe é uma imitação, uma cópia. No domingo passou no Fantástico uma matéria sobre esses ataques em São Paulo, criminosos assistem e fazem igual. A motivação para isso é que está sendo investigada", disse Grubba.

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Medidas contra os ataques

O secretário anunciou nesta terça-feira 13 medidas para tentar conter a onda de ataques. Reforço no policiamento, ação conjunta de unidades especiais da Polícia Militar e Polícia Civil em áreas críticas e atuação reforçada da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC) são algumas das "medidas de enfrentamento" aos ataques.

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Na entrevista coletiva em que anunciou as medidas, Grubba afirmou que todas as hipóteses estão sendo investigadas. "Reconhecemos que pode haver ações típicas do crime organizado com origem dentro do sistema prisional. Mas sabemos que muitas dessas ações são praticadas por indivíduos e grupos que se aproveitam deste contexto para realizar seus objetivos e interesses", disse Grubba. "Não falamos em sigla de facção criminosa, pois não queremos espetacularizar o crime", explicou.

Segundo ele, o estado não irá solicitar auxílio do governo federal. O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), não se pronunciou.

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"Capilarização"

A situação em Florianópolis e Blumenau é preocupante na medida em que não se sabe se há influência de grupos criminosos de outros estados. "O crime organizado não respeita fronteiras. Se estamos falando em crime organizado [em São Paulo], de uma facção criminosa, de que maneira se avalia como ela está se estruturando no pais inteiro, se é que já não tem certa capilaridade? Será que ela só está em São Paulo?", questionou a socióloga Samira Bueno, secretária-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), ao analisar a crise da segurança em São Paulo na semana passada, falando à RBA.

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Ato de terrorismo

Nos casos de São Paulo, a situação já é desesperadora. Em apenas 18 dias, 191 pessoas, entre policiais e civis, foram mortas a tiros na região metropolitana. Nesta terça-feira, o ministro do STF Gilmar Mendes classificou a morte de PMs no Estado como atos de terrorismo. "Em alguns casos está claro que o alvo dos ataques não são as vítimas, mas o Estado", disse o ministro. Em 2012, houve um aumento de quase 45% de mortes de PMs paulistas.

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