Depois de Goiás, Cachoeira deve depor na Justiça de Brasília

Contraventor deverá sair da Papuda nesta quarta-feira, desta vez para prestar esclarecimentos ao TJDF sobre a Operação Saint-Michel, da PF; Justiça de Goiânia também autoriza depoimento do bicheiro na CPI da Assembleia para o dia 8

Depois de Goiás, Cachoeira deve depor na Justiça de Brasília
Depois de Goiás, Cachoeira deve depor na Justiça de Brasília (Foto: Divulgação_Ueslei Marcelino/Reuters_Divulgação)


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Brasília e Goiás 247 – Uma semana depois de comparecer à Justiça de Goiás para prestar esclarecimento - onde falou poucas frases, nenhuma sobre os crimes dos quais é acusado - Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, deixará novamente o presídio da Papuda, em Brasília, desta vez para falar ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). A audiência de instrução está marcada para a tarde desta quarta-feira 1º. Devem ser ouvidos durante a audiência o bicheiro e outros sete acusados de participação nos crimes investigados pela Operação Saint-Michel, da Polícia Federal.

Entre as testemunhas de acusação, está o secretário de Transportes, José Walter Vazquez, e os promotores do Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (NCOC) do Ministério Público do DF na operação Saint Michel, que identificaram o esquema. Outro depoimento marcado é o do ex-diretor administrativo-financeiro do DFTrans, Milton Martins de Lima Júnior, que foi afastado do trabalho quando as denúncias surgiram. Como já ocorreu em outros locais onde Cachoeira prestou depoimento, o bicheiro deve manter a estratégia da defesa e permanecer calado durante os questionamentos.

CPI da Assembleia de Goiânia

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Outra oportunidade que Cachoeira terá para falar será na CPI da Assembleia Legislativa de Goiás. A Justiça Federal de Goiânia autorizou o depoimento do contraventor, marcado para o próximo dia 8. Falta porém a liberação da Justiça Federal de Brasília e a expectativa dos deputados estaduais é que isto ocorra ainda nesta semana, informa o jornalista Jarbas Rodrigues em seu blog no jornal goiano O Popular. As informações são do presidente da CPI, o deputado Hélio de Sousa (DEM). "Cachoeira disse que falará no momento oportuno. Quem sabe não será neste dia na Assembleia", disse ele.

A CPI do Cachoeira na Assembleia retoma suas atividades amanhã (1º de agosto). Três depoimentos estão confirmados: empresário Fábio Passaglia, ex-secretário de Licitação da Prefeitura de Goiânia; Edemundo Dias, presidente da Agência Penal e ex-delegado-geral da Polícia Civil, e delegado Rosivaldo Linhares Rosa.

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Nesta rodada de depoimentos, as maiores expectativas ficam por conta do empresário Fábio Passaglia, mas ele conseguiu habeas corpus para não abrir a boca na CPI da Assembleia Legislativa. A CPMI do Cachoeira, no Congresso Nacional, está de pose de novas informações que revelam a existência de uma empresa de fachada usada pela construtora Delta que recebeu, entre 2008 e 2010, R$ 9,2 milhões. A movimentação foi realizada entre 2008 e 2010. A GM Comércio de Pneus é a empresa de fachada. O "dono" é o policial civil aposentado Alcino de Souza, que recebia R$ 1.500 por mês para pegar o dinheiro e entregar, em malas, para Passaglia, que é ligado a Iris Rezende e a Maguito Vilela, maiores líderes do PMDB de Goiás.

Já Carlinhos Cachoeira preferiu apenas fazer declarações de amor durante julgamento dos réus da Operação Monte Carlo na 11ª Vara da Justiça Federal em Goiânia na semana passada. O bicheiro chegou a dizer ao juiz Alderico Rocha que quer se casar no primeiro dia após deixar o presídio da Papuda.

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No mesmo dia do julgamento, Andressa Alves Mendonça teria patrocinado o que pode vir a ser o fato mais controverso da novela.  Ela teria chantageado o juiz Alderico Rocha ao ameaçá-lo com um dossiê. Isso deverá provocar a convocação do jornalista Policarpo Júnior, diretor de Veja em Brasília, pela CPMI do caso Cachoeira. Segundo o magistrado, Andressa disse a ele que Cachoeira encomendou um dossiê sobre sua vida ao jornalista. "Se você soltar o Carlos, não soltamos o dossiê", teria dito ela.

Procuradores da República Léa Batista, Marcelo Ribeiro e Daniel de Resende Salgado, do Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO), afirmaram ontem, em entrevista coletiva, que companheira de Carlinhos Cachoeira é investigada em dois inquéritos que apuram crimes de lavagem de dinheiro e corrupção, inclusive ativa. Ela terá que pagar R$ 100 mil em fiança no máximo até esta quarta-feira (1° de agosto). Ela seria mensageira do grupo criminoso.

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