Defesa de Renan critica “barrigada” da imprensa
Advogado Eugênio Pacelli confirma ao 247 que nem a Polícia Federal nem a Procuradoria Geral da República pediram a quebra de sigilo do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ao contrário do que noticiaram os jornais; "A PF pediu quebra de sigilo de três pessoas, mas nada do presidente do Congresso", ressaltou; "Nos tempos de hoje, a informação quer chegar na frente dos fatos", acrescentou; o advogado criticou ainda os vazamentos no âmbito da Operação Lava Jato e defendeu que "se os órgãos que trabalham com a Justiça tivessem cuidado de manter sigilo sobre tudo, isso não teria acontecido"
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247 – O advogado Eugênio Pacelli, que defende o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na Lava Jato, confirmou ao 247 que nem a Polícia Federal nem a Procuradoria Geral da República pediram quebra de sigilo de seu cliente, como informaram os jornais na semana passada. O senador colocou seus sigilos à disposição da Justiça.
"Isso chama barrigada, né?", pergunta o advogado, sobre o jargão jornalístico usado em casos de publicação de uma notícia que, na verdade, não aconteceu. "Nos tempos de hoje, a informação quer chegar na frente dos fatos", comenta.
"A PF pediu quebra de sigilo de três pessoas, mas nada do presidente do Congresso. E a imprensa, em vez de dizer que envolvia ele [Renan] no inquérito, disse que pediu a quebra dele", explica. "O que eu posso dizer claramente, que acompanhei tudo de perto, é que nem a PF nem o MP fizeram nenhum requerimento. Então é uma informação que tem que ser corrigida", defende.
No dia 7 de maio, a PF solicitou ao Supremo Tribunal Federal a quebra de sigilo de pessoas investigadas em diversos inquéritos da Lava Jato, dentre elas o senador Fernando Collor (PTB-AL), o ex-deputado João Pizzolatti (PP-SC) e o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE).
Gomes é apontado como o interlocutor entre o presidente do Senado e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Sobre isso, o advogado disse que não podia comentar. O STF já autorizou a quebra de sigilo do parlamentar. As investigações terão acesso às movimentações bancárias de Gomes de 20 de setembro de 2008 a 20 de maio de 2011. Já a quebra de sigilo fiscal englobará as movimentações que ocorreram até o fim de 2014.
Pacelli atribui a publicação incorreta pela imprensa ao vazamento de informações sobre a investigação. "Se os órgãos que trabalham com a Justiça tivessem cuidado de manter sigilo sobre tudo, isso não teria acontecido. Como é que a imprensa sabia do pedido de quebra de sigilo?", pergunta. "Então essa prática cria o risco de vazar errado", complementa.
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