De ônibus, Haddad marcará prioridade e popularidade

Prefeito inclinado a usar ônibus para ida de casa para o trabalho, do bairro do Paraíso ao centro de São Paulo; mesmo avesso a factóides, seria, para ele, uma grande maneira de acentuar a prioridade de sua gestão, na qual os transportes coletivos têm mais de R$ 3 bilhões em investimentos, e melhorar índices de popularidade; além disso, Haddad traria para o Brasil uma prática saudável que não é novidade no mundo; o papa Francisco usava metrô diariamente em Buenos Aires; a diretora-gerente do FMI só ia de bicicleta chefiar o ministério das Finanças da França, em Paris; na Inglaterra, governantes só podem ir a compromissos oficiais por transporte público; essa moda pega aqui?

Prefeito inclinado a usar ônibus para ida de casa para o trabalho, do bairro do Paraíso ao centro de São Paulo; mesmo avesso a factóides, seria, para ele, uma grande maneira de acentuar a prioridade de sua gestão, na qual os transportes coletivos têm mais de R$ 3 bilhões em investimentos, e melhorar índices de popularidade; além disso, Haddad traria para o Brasil uma prática saudável que não é novidade no mundo; o papa Francisco usava metrô diariamente em Buenos Aires; a diretora-gerente do FMI só ia de bicicleta chefiar o ministério das Finanças da França, em Paris; na Inglaterra, governantes só podem ir a compromissos oficiais por transporte público; essa moda pega aqui?
Prefeito inclinado a usar ônibus para ida de casa para o trabalho, do bairro do Paraíso ao centro de São Paulo; mesmo avesso a factóides, seria, para ele, uma grande maneira de acentuar a prioridade de sua gestão, na qual os transportes coletivos têm mais de R$ 3 bilhões em investimentos, e melhorar índices de popularidade; além disso, Haddad traria para o Brasil uma prática saudável que não é novidade no mundo; o papa Francisco usava metrô diariamente em Buenos Aires; a diretora-gerente do FMI só ia de bicicleta chefiar o ministério das Finanças da França, em Paris; na Inglaterra, governantes só podem ir a compromissos oficiais por transporte público; essa moda pega aqui? (Foto: Ana Pupulin)


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247 – Avesso a factóides, o prefeito Fernando Haddad está inclinado a adotar uma medida que já não é mais nenhum tabu entre políticos evoluídos: ir de transporte coletivo para o trabalho. Morador do bairro do Paraíso, ele encomendou estudos a sua assessoria militar para trocar as idas de carro oficial para a sede da Prefeitura, no Viaduto do Chá, no centro da capital, por ônibus ou metrô. O trajeto de 15 minutos de carro, hoje, poderia ser cumprido em menos de 10 minutos – mas isso não é o mais importante.

Caso convença sua preocupada área de segurança, o prefeito estará trazendo para o Brasil um modo de agir que, se não virou mania, já não é nenhuma novidade nos países ricos. Na Europa, especialmente nos países nórdicos, e no Canadá, a prática faz parte da rotina de prefeitos e altos executivos.

No Brasil, é quase um tabu. O primeiro obstáculo é, sempre, o da segurança. Em São Paulo, depois de a Prefeitura ter sido depredada nos protestos de junho, os cuidados em torno de Haddad foram redobrados. Naquele período, uma pequena manifestação foi realizada na porta do edifício em que mora. 

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Politicamente, Haddad só teria a ganhar em adotar o ônibus como meio de transporte. O grande investimento de sua gestão, com investimentos já assegurados de mais de R$ 3 bilhões, é o transporte coletivo. Na segunda-feira 30, a administração inaugurou mais 15 corredores de ônibus, dentro do objetivo de ter 400 quilômetros de vias exclusivas em toda a cidade. As pesquisas mostram que a população aprova a prioridade, capaz de reverter uma situação inicial de perda de popularidade de Haddad.

O prefeito, no entanto, ainda não se decidiu. O mais provável é que ele venha a adotar, inicialmente, uma postura de pegar ônibus durante alguns dias da semana, mas não em todos. No dia de sua posse, um grupo de ciclistas reclamou pelo fato de Haddad ter feito em carro oficial o percurso entre a Câmara e a sede municipal. Mas o prefeito já avisou que prefere ciclovias que não fiquem em avenidas principais, como forma de reduzir os riscos de acidente no encontro com ônibus, a sua grande prioridade.

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A iniciativa de usar transporte público por parte de autoridades começou ainda na década de 1970, na Suécia, e, aos poucos, conquistou políticos de peso, como a atual diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, e o prefeito e Londres, Boris Bikes.

Abaixo, contribuição da nossa correspondente Roberta Namour, de Paris 247

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Quem circula com frequência pelas ruas de Londres costuma ver Boris Bikes pedalando. Prefeito da cidade, ele usa diariamente a magrela como meio de transporte para ir ao trabalho. Não se trata de uma estratégia eleitoreira, mas parte da cultura londrina. 
Em Londres, todos os políticos ganham vale-transporte e são obrigados a usar o transporte público em compromissos oficiais. O uso do taxi só é reembolsado caso se consiga comprovar que a opção era a mais barata no trecho percorrido.

Outros países também costumam incentivar o deslocamento em transportes mais econômicos e mais sustentáveis. O prefeito de Copenhagem, Frank Jensen, lendário ciclista da cidade, inclusive usou uma bicicleta para passear quando esteve em São Paulo para uma visita. Em Amsterdã, só o prefeito tem direito a carro oficial, mas ele também usa sua bike para ir ao trabalho.

Quando ministra das Finanças da França, a esportista Christine Lagarde só andava de bicicleta e foi fotografada pela Reuters chegando ao 17º Children’s Parliament, na Assembléia Nacional em Paris, pedalando. Assim que assumiu o FMI, disse que ia manter o hábito e incentivar entre os novos colegas de trabalho.

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