CUT vai às ruas contra proposta de Neca e Marina
Atos contra a proposta de independência do Banco Central serão realizados em várias capitais nesta quinta-feira 2 pela Central Única dos Trabalhadores e o Comando Nacional dos Bancários (Contraf), além de sindicatos e movimentos sociais; "É lamentável que candidatos assumam bandeiras neoliberais gestadas pelos bancos privados e pela Federação Brasileira dos Bancos (Fenaban)", defende o presidente da Central, Vagner Freitas
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247 - A CUT, o Comando Nacional dos Bancários (Contraf), sindicatos filiados e movimentos sociais se concentrarão na Avenida Paulista nesta quinta-feira 2 para protestar contra as propostas de independência do Banco Central e defender o fortalecimento do papel dos bancos públicos. Os movimentos trabalhistas, incluindo os bancários em greve, têm posição contrária à proposta da candidata à presidência Marina Silva (PSB), que tem como coordenadora de programa de governo a herdeira do Itaú Neca Setubal.
Também ocorrerão atos nacionalmente, em frente às representações do BC em Brasília, no Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre e outros locais. Na visão da CUT e dos sindicatos filiados, a medida significa tirar do Estado e entregar ao mercado o controle democrático da política econômica de regular os bancos. A proposta também reduz, segundo a central sindical, a importância do papel dos bancos públicos, que dão aporte a políticas públicas como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e o Minha Casa, Minha Vida, programas do governo federal.
Para a CUT, "é fundamental fazer esse debate com a sociedade porque, após 12 anos nos quais o Banco Central e os bancos públicos têm sido instrumentos de políticas econômicas e de desenvolvimento social, é lamentável que candidatos assumam bandeiras neoliberais gestadas pelos bancos privados e pela Federação Brasileira dos Bancos (Fenaban)".
"É importante alertar quanto ao perigo de conceder a alguns indivíduos a liberdade para acionar, sem qualquer restrição, instrumentos tão poderosos como são os de intervenção monetária, com impactos para todos os cidadãos. A política monetária deve ser coordenada com as demais políticas econômicas e sociais, com o objetivo não apenas de combater a inflação, mas também de garantir o bem estar da sociedade, dentre eles, a garantia do emprego", afirmou o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, em artigo publicado no portal da Central.
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