CUT questiona cálculo da progressividade
Em nota, a entidade presidida por Vagner Freitas diz que a proposta do governo pelo modelo da progressividade para a aposentadoria "não resolve as contas da Previdência Social e, entre 2017 e 2022, atrasará o acesso dos/as trabalhadores/as à previdência"; a central sindical diz que "vai manter a campanha em defesa do 85/95"
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247 - A CUT se manifestou nesta quinta-feira 18, em nota, sobre o veto da presidente Dilma Rousseff à medida que instituía o sistema 85/95 para a aposentadoria, em alternativa ao fator previdenciário. Para a entidade, presidida por Vagner Freitas, a proposta do governo pelo modelo da progressividade "não resolve as contas da Previdência Social e, entre 2017 e 2022, atrasará o acesso dos/as trabalhadores/as à previdência". A central sindical diz que "vai manter a campanha em defesa do 85/95". Abaixo, a íntegra da nota:
CUT considera regra 85/95 uma conquista, questiona a progressividade e quer discutir a sustentabilidade da Previdência Social
Para a CUT, a Medida Provisória 676/2015, que institui a fórmula 85/95 para concessão de aposentadorias, é um fruto da mobilização da classe trabalhadora.
A CUT luta, desde 1998, contra o fator previdenciário, implantado por FHC, que forçava os/as trabalhadores/as a atrasar as aposentadorias e reduzia os valores dos benefícios em até 40% para os homens e 50% para as mulheres. Em 2007, a CUT participou da articulação para construção da regra 85/95 como alternativa ao fator e considera sua entrada em vigor um avanço.
A partir de hoje, quem tem direito à aposentadoria já não terá mais parte de seus direitos confiscados, pode de imediato utilizar a fórmula 85/95.
O modelo de progressividade incluído na MP 676, no entanto, não resolve as contas da Previdência Social e, entre 2017 e 2022, atrasará o acesso dos/as trabalhadores/as à previdência. Esse debate é mais amplo e requer mais informações. O modelo previdenciário não é só uma questão econômica é, principalmente, uma questão de projeto de país, da sociedade que queremos. Não existe um modelo definitivo e, sim, o modelo mais adequado, que requer um profundo debate sobre o seu financiamento.
A CUT vai manter a campanha em defesa do 85/95, garantindo a aposentadoria integral a quem é de direito e vai manter as negociações para que o Brasil tenha uma Previdência viável, sustentável e justa.
Quem trabalha para construir o Brasil merece uma aposentadoria digna!
A CUT sempre estará com a classe trabalhadora e com o Brasil.
Juntos, somos muitos; juntos, somos fortes.
São Paulo, 18 de junho de 2015.
Vagner Freitas
Presidente Nacional da CUT
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