CUT organiza atos no País contra projeto da terceirização
Em São Paulo, o ato terminou por volta de 14h na Praça da República, região central; entidade protesta no Dia Nacional de Luta em Defesa dos Direitos da Classe Trabalhadora contra a aprovação do projeto 4330, que libera a terceirização para todas as atividades das empresas
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247 – A Central Única dos Trabalhadores (CUT) organiza atos em várias cidades do País nesta terça-feira 7 em defesa de mais direitos para a classe trabalhadora e contra a aprovação do projeto de lei 4330, que libera a terceirização para todas as atividades das empresas.
A central sindical espera reunir 10 mil pessoas apenas em São Paulo, no que chama de Dia Nacional de Luta em Defesa dos Direitos da Classe Trabalhadora. Os sindicalistas vão protestar também contra a reforma política proposta pelo PMDB, que não acaba com o financiamento privado a campanhas eleitorais.
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, o Congresso "conservador" eleito em 2014 vem defendendo os "interesses patronais e da elite". "A agenda dos empresários está tendo prioridade. Por isso, temos de organizar e mobilizar cada vez mais nossas bases, nossa militância porque a luta pela manutenção e ampliação dos direitos vai exigir uma dedicação enorme de todos nós", disse.
Abaixo, reportagem da Agência Brasil sobre os protestos:
Centrais sindicais participam do Dia Nacional de Luta em São Paulo
Fernanda Cruz - Manifestantes que apoiam o Dia Nacional de Luta em Defesa dos Trabalhadores, organizado por centrais sindicais, fazem hoje (7) uma passeata pela Avenida Rebouças, zona oeste da capital paulista. Eles começaram a se concentrar às 9h30, em frente à sede da Secretaria Estadual de Saúde, e iniciaram a caminhada às 11h20. Os manifestantes pretendem seguir até a Praça da República, no centro da cidade.
A pauta de reivindicações do ato inclui a defesa da democracia, dos direitos trabalhistas, da Petrobras, o combate à corrupção, além das reformas política, agrária e da comunicação. Os manifestantes pedem ao Congresso que não aprove o projeto de lei que libera a terceirização para todas as atividades das empresas.
Representantes sindicais aproveitaram a comemoração do Dia Mundial da Saúde, nesta terça-feira, para reivindicar melhor atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). "Fazemos o protesto para ver se essa questão da melhora da saúde vai para frente. É muito difícil. É um ato suprapartidário, a gente faz isso para esclarecer a população", disse Luís Antônio Queiroz, diretor da executiva da Central Única dos Trabalhadores (CUT). A principal reivindicação das centrais na área de saúde é o aumento do orçamento.
Além disso, Gervásio Foganholi, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo(SindSaúde-SP), reclamou da forma como o problema da dengue está sendo tratado pelas autoridades públicas, principalmente na questão de recursos. "A Superintendência de Endemia do Estado de São Paulo repassou serviços para os municípios, fez a descentralização da gestão, mas não repassou os recursos necessários, não deu infraestrutura."
Adão do Carmo, representante do Movimento Popular de Saúde, também criticou o serviços de saúde oferecidos à população. "A gente vive um dos piores momentos, a saúde está totalmente sucateada. Não tem mais funcionário público, a maioria são prestadores de serviço, de forma desordenada."
O coordenador da Pastoral da Saúde da Igreja Católica, Paulo Moura, disse que a falta de informação atrapalha o atendimento à população. "Hoje, sendo o Dia Mundial da Saúde, nós queremos qualidade nas informações. As coisas não acontecem porque não tem informação."
A Agência Brasil entrou em contato com as assessorias de imprensa da Secretaria Estadual da Saúde e do Ministério da Saúde e aguarda retorno.
Ato em São Paulo contra as terceirizações é encerrado na Praça da República
Camila Maciel - Terminou na Praça da República, por volta das 14h, o ato convocado por centrais sindicais pelo Dia Nacional de Luta em Defesa dos Trabalhadores, na capital paulista. Na agenda de reivindicações do protesto está a posição contrária ao projeto de lei que libera a terceirização para todas as atividades de uma empresa. A matéria está na pauta da Câmara dos Deputados para apreciação em plenário na sessão de hoje (7). Os manifestantes incluíram no ato desta terça-feira a defesa da democracia, dos direitos trabalhistas, da Petrobras, o combate à corrupção, além das reformas política, agrária e da comunicação.
"Caso este projeto que libera a terceirização seja aprovado, ele vai desregulamentar as relações de trabalho no Brasil. Os trabalhadores que hoje estão contratados pela CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] vão perder o seu vínculo empregatício e, certamente, passarão a ter vínculo pelo contrato de pessoa jurídica. Não terão carteira assinada, férias, Fundo de Garantia", ressaltou o presidente estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Adi Santos Lima. Segundo ele, em média, o trabalhador terceirizado ganha 30% menos do que o vinculado à empresa que contratou o serviço.
A Polícia Militar (PM) estima que 200 manifestantes estiveram na caminhada que saiu da sede da Secretaria Estadual de Saúde, na Avenida Doutor Enéas de Carvalho Aguiar, por volta das 11h20. O grupo saiu em caminhada pela Rua da Consolação em direção ao centro da capital paulista. Além da CUT, participaram do ato integrantes da Central de Movimentos Populares (CMP) e de sindicatos e coletivos ligados à saúde. Ao final do protesto, a organização não estimou o número de participantes.
Adi Lima explicou que parte das categorias ligadas à CUT que estariam no ato em São Paulo foram de ônibus para Brasília a fim de pressionar parlamentares a votarem contra o projeto de lei. "Foi uma decisão da CUT nacional. Só a minha categoria, que é a dos metalúrgicos, mandou seis, sete ônibus", disse ao justificar o menor número de pessoas neste ato em relação ao que ocorreu no dia 13 de março, quando 100 mil participaram, segundo a organização.
Os manifestantes também reivindicaram o fim da terceirização da saúde no estado. Adão do Carmo, representante do Movimento Popular de Saúde, criticou os serviços de oferecidos à população. "A gente vive um dos piores momentos, a saúde está totalmente sucateada. Não tem mais funcionário público, a maioria é prestador de serviço, de forma desordenada", avaliou.
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