Cunha enfrenta Janot: 'ele escolhe quem investigar'
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), reagiu nesta segunda (4) à petição em que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, chamou de "despropositada'' a suspeita de que houve fraude no setor de informática da Casa; ele disse achar ''estranho'' que o procurador tenha ''opinião formada'' sobre o tema, que está sendo investigado pela polícia legislativa da Câmara; "Isso só prova o que venho falando: o Procurador-Geral da República escolheu a quem investigar e usa qualquer argumento para justificar'', afirmou
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247 - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reagiu nesta segunda-feira (4) à petição em que o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, chamou de "despropositada'' a suspeita de que houve fraude no setor de informática da Casa. A petição de Janot foi enviada ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki.
Na semana passada, Cunha levantou a hipótese de que registros internos da Câmara foram fraudados para implicá-lo na investigação da Operação Lava Jato. À Folha, Cunha disse nesta segunda-feira achar ''estranho'' que o procurador tenha ''opinião formada'' sobre o tema, que está sendo investigado pela polícia legislativa da Câmara.
"Isso só prova o que venho falando: o Procurador-Geral da República escolheu a quem investigar e usa qualquer argumento para justificar'', disse. "O procurador quer insistir na tese de procurar algo para tentar me envolver. E isso é fundamento político dele'', acrescentou.
Os arquivos de computador de dois requerimentos protocolados pela deputada federal Solange Almeida (PMDB-RJ) indicaram como ''autor'' Eduardo Cunha. O deputado diz ter a prova documental ''tornada pública'' de que o requerimento foi autenticado no gabinete de Solange Almeida (PMDB-RJ), autora do documento, e que ela já foi ouvida e negou ter feito os requerimentos a pedido de Cunha.
Os requerimentos pediam que a Câmara solicitasse informações ao TCU (Tribunal de Contas da União) e ao Ministério de Minas e Energia sobre os contratos fechados entre as empresas Mitsui e Petrobras. De acordo com depoimento prestado por um dos delatores da Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef, os requerimentos foram feitos a pedido do lobista Fernando Soares e visavam pressionar o empresário Julio Camargo a pagar propina no esquema da Petrobras.
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