Culpa foi do condutor, diz governo do Rio; ele morreu

Administrao Sergio Cabral se supera; agora, antes de as investigaes serem concludas, culpa o condutor Nelson da Silva pela tragdia de Santa Teresa; ele e mais quatro pessoas morreram; verbas de manuteno estavam suspensas; ministrio pblico v sucateamento na atrao turstica desde 2004



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247 – A administração do governador Sérgio Cabral, no Rio de Janeiro, se superou. Depois de, nos últimos meses, mandar prender bombeiros, esconder ligações de amizade com empreiteiros e assinar contratos milionários para emergência em obras, seu governo agora aponta o dedo para o condutor Nelson da Silva, que morreu com outras quatro pessoas no acidente com o bondinho que ele conduzia, no bairro de Santa Tereza, no sábado. Cincoenta e sete pessoas saíram feridas e 13 ainda estão internadas. As investigaçõs sobre as causas do acidente, apesar da pressa das autoridades em se evimirem de responsabilidade, ainda estão sendo feitas. Dias antes do acidente, as verbas destinadas pelo governo estadual para a manuteção dos bondes – uma atração turística da capital fluminense, marca registrada do bairro e cujas linhas e equipamentos foram tombados como bens públicos do Estado do Rio – haviam sido suspensas.

O secretário estadual de Transportes, Julio Lopes, voltou a alegar ontem que o bonde havia colidido com um ônibus menos de uma hora antes do acidente. O veículo chegou a ser levado para a oficina, mas, segundo o secretário, Silva continuou conduzindo-o mesmo sem reparos.

Investigação

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O Ministério Público do Rio de Janeiro vem apurando, desde 2004, o suposto estado de abandono e precariedade do sistema de bondes de Santa Teresa, bem tombado a nível estadual. Na época, foi feita uma representação pela Associação dos Moradores de Santa Teresa (Amast) sobre o estado do sistema. No último sábado, o acidente com o bonde, no centro da cidade, matou cinco pessoas e feriu 57.

Em 2008, após vistorias que confirmaram diversos problemas na infraestrutura do trecho, foi movida uma ação civil pública em face do Estado do Rio de Janeiro e da Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística para exigir que todos os bondes fossem restaurados, sob pena de multa.

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Além disso, o MP requisitou a reforma das estações da Carioca e Curvelo; a substituição de 4.600 metros de fio de contato; a recuperação dos 8 quilômetros de via permanente; a recuperação da oficina de bondes de Santa Teresa; a substituição do gradil sobre os Arcos da Lapa; e a construção do abrigo de bondes.

Desde então, a ação tramita em diferentes instâncias judiciais. Segundo a assessoria de imprensa do Ministério Público, o Tribunal de Justiça já se manifestou favorável à ação, mas como o governo vem recorrendo constantemente das decisões, ainda não foi dada a sentença final.

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