‘Crise no PT ameaça tendência de queda na desigualdade’

Pesquisadora Marta Arretche, organizadora de livro sobre 50 anos de desigualdades, acredita que a profunda crise no partido põe em risco a tendência de queda da desigualdade registrada nos últimos anos; segundo a cientista política, "a ameaça eleitoral da esquerda historicamente representou um incentivo relevante para que partidos conservadores incluam a questão social em sua agenda de governo", mas que, sem a ameaça, toda a agenda social ficaria afetada

Pesquisadora Marta Arretche, organizadora de livro sobre 50 anos de desigualdades, acredita que a profunda crise no partido põe em risco a tendência de queda da desigualdade registrada nos últimos anos; segundo a cientista política, "a ameaça eleitoral da esquerda historicamente representou um incentivo relevante para que partidos conservadores incluam a questão social em sua agenda de governo", mas que, sem a ameaça, toda a agenda social ficaria afetada
Pesquisadora Marta Arretche, organizadora de livro sobre 50 anos de desigualdades, acredita que a profunda crise no partido põe em risco a tendência de queda da desigualdade registrada nos últimos anos; segundo a cientista política, "a ameaça eleitoral da esquerda historicamente representou um incentivo relevante para que partidos conservadores incluam a questão social em sua agenda de governo", mas que, sem a ameaça, toda a agenda social ficaria afetada (Foto: Gisele Federicce)


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247 – A pesquisadora Marta Arretche acredita que a profunda crise pela qual passa atualmente o Partido dos Trabalhadores ameaça a tendência de queda na desigualdade registrada nos últimos anos.

"A ameaça eleitoral da esquerda historicamente representou um incentivo relevante para que partidos conservadores incluam a questão social em sua agenda de governo", diz a cientista política. Sem a ameaça, diz ela, toda a agenda social ficaria afetada.

Ela explica melhor seu raciocínio: "Desde a redemocratização, todo candidato potencial sabia que teria de enfrentar o Lula na eleição seguinte. Também sabia que não entregar ou propor políticas para enfrentar a gravidade da questão social aumentaria o eleitorado potencial do PT. Não tratar da questão social implicaria aproximar 90% do eleitorado potencial, dada a distribuição da renda, no colo do PT. É por isso que até muito recentemente não tínhamos direita no Brasil".

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Para a pesquisadora, "há claramente uma agenda conservadora que avança no Congresso, que está associada à fragilidade parlamentar do PT, entre outros fatores". Marta é organizadora do livro "Trajetórias da Desigualdade: Quanto o Brasil Mudou nos Últimos 50 Anos", recém-lançado pela Editora Unesp.

Leia aqui sua entrevista concedida ao jornalista Ricardo Mendonça.

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