Crime bárbaro chega ao fim

Assassino do estudante Alcides Nascimento Lins, exemplo de superao, pega 25 anos de deteno em Pernambuco



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Um crime que chocou o Brasil teve seu desfecho na noite desta terça-feira (14) depois de mais de sete horas de julgamento em Recife (PE). João Guilherme Nunes Costa foi condenado a 25 anos de detenção pelo assassinato do universitário Alcides Nascimento Lins. A sentença foi proferida pelo juiz Ernesto Bezerra, da 1ª Vara do Tribunal do Júri. Diante do juiz e dos sete jurados, o réu negou a autoria do crime.

O julgamento ganhou repercussão porque tratava do assassinato de um jovem que era um exemplo de superação. De origem pobre, filho de uma catadora de papel, Alcides ingressou no curso de Biomedicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e estava prestes a se formar. O jovem foi morto em 5 de fevereiro do ano passado, sem motivo algum, com dois tiros na cabeça, em frente à casa onde morava, na Vila Santa Luzia, no bairro da Torre.

O réu foi condenado por dois crimes: homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e emprego de meio que impossibilitou a defesa da vítima) e por corrupção de menores (um adolescente participou do crime). “Sinto que Deus existe, ele foi condenado aqui na Terra e no céu”, desabafou a catadora de papel Maria Luiza do Nascimento, mãe do estudante morto.

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A defensora pública Fernanda Vieira disse que vai recorrer da sentença ao Tribunal de Justiça de Pernambuco. A defensora considerou a decisão contrária às provas dos autos e a pena imposta ao réu muito alta.

O júri acatou a tese do Ministério Público que pediu a condenação do réu baseada no reconhecimento das quatro testemunhas oculares do assassinato, e também das informações fornecidas pelo adolescente que teve participação no crime e, atualmente, cumpre medida socioeducativa pelo homicídio.

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“A defensoria fez o seu papel, mas as provas eram muito consistentes, por isso provamos, de forma clara, que o réu era autor do crime”, comentou a promotora, Helena Martins.

João Guilherme Nunes Costa foi preso em maio do ano passado, quase quatro meses após o assassinato. Está preso desde aquela época. De acordo com o Ministério Público, no dia do crime, ele estava acompanhado de um jovem de 16 anos. O adolescente foi encontrado uma semana após a morte de Alcides. Os dois invadiram a casa do estudante à procura de outra pessoa.

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Ao encontrar Alcides e perceber que não se tratava da pessoa que procurava, segundo o depoimento do menor, João Guilherme teria dito que não iria “perder a viagem” e atirou no estudante. O crime ocorreu na frente da mãe do estudante.

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