Costa pode desistir de delação premiada
Ex-diretor da Petrobras, preso na Operação Lava Jato, havia decidido na última sexta-feira aceitar o acordo em que contaria tudo o que sabe em troca de uma pena menor; sua nova advogada, especialista no assunto, afirma agora que ainda não há nada definido; "Vamos avaliar qual a melhor linha de defesa e não há qualquer proposta de acordo", disse Beatriz Catta Preta; advogado Marcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça, foi contratado por um pool de empreiteiras liderado pela Camargo Corrêa para tentar fazer Costa desistir da delação
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247 – Quatro dias depois de ter anunciado a decisão de aceitar a delação premiada – quando o preso diz tudo o que sabe, às vezes entregando até provas, para que leve à condenação e prisão de outras pessoas – o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso na Operação Lava Jato, pode voltar atrás.
A informação é de que o ex-ministro da Justiça Marcio Thomaz Bastos foi contratado como advogado por um pool de empreiteiras, liderado pela Camargo Corrêa, para tentar fazer Costa desistir da decisão. Caso aceite o acordo, o ex-diretor da Petrobras irá expor a relação da estatal com diversas empresas.
A nova advogada de Costa, especialista em delação premiada, diz agora que ainda não há nenhum acordo definido. "Esta é uma decisão muito pessoal do denunciado e nada foi definido. Vamos avaliar qual a melhor linha de defesa e não há qualquer proposta de acordo", disse Beatriz Catta Preta.
"Se optar pela delação premiada, Costa terá de negociar as bases do acordo com o Ministério Publico Federal, que vai avaliar quais informações relevantes que ele poderá prestar em troca de atenuantes à sua condição de denunciado", acrescentou.
A decisão anunciada na sexta-feira levou o atual advogado do caso, Nélio Machado, a ameaçar deixar a causa, por ser contra o acordo. Ele acredita que Paulo Roberto Costa não comentou nenhum crime e por isso não concorda com o regime.
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