Coordenadora do Bolsa-Família: pai é quem cuida
A advogada Luciana Oliveira, que coordenou por oito anos a execução do Bolsa-Família, publicou carta aberta ao candidato Aécio Neves, lembrando que o PSDB não pode reivindicar a paternidade do Bolsa-Família, como tem sido dito nos debates; “O Bolsa Família nasceu como um projeto para vencer a pobreza. O Bolsa Escola nada foi além de remendos, em época eleitoral, de um governo que estava com a popularidade baixíssima”, diz ela, em texto publicado no blog de Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília; “PSDB pai… O Pai que reivindica a paternidade de seu filho na certidão, mas que só aparece “pra visita” de quatro em quatro anos, à época das eleições?”, questiona; leia a íntegra
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247 - A advogada Luciana Oliveira, coordenadora do Bolsa-Família durante oito anos, distribuiu uma carta aberta ao candidato Aécio Neves, alegando que o PSDB não pode reivindicar a paternidade do programa. “O Bolsa Família nasceu como um projeto para vencer a pobreza. O Bolsa Escola nada foi além de remendos, em época eleitoral, de um governo que estava com a popularidade baixíssima”, diz ela. “PSDB pai… O Pai que reivindica a paternidade de seu filho na certidão, mas que só aparece “pra visita” de quatro em quatro anos, à época das eleições?”, questiona.
Seu texto foi publicado originalmente no blog de Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília. Eis um trecho:
Sr. Aécio, eu passei a integrar a equipe do Bolsa Escola (BES) em novembro de 2001, sete meses após a sua criação, e o que eu encontrei lá foi uma equipe muito determinada a fazer com que pouco dinheiro chegasse às mãos de poucas famílias. O cadastro do BES era uma vergonha: incompleto, não aceitava alterações ou atualizações cadastrais e era completamente off-line. Uma vez registradas as informações nele, elas nunca mais seriam modificadas, mesmo que uma daquelas crianças – Deus nos livre – viesse a óbito.
(...)
Naquele momento, o quadro, então, era o seguinte:
- No Bolsa Escola (R$ 15,00 mensais pagos por criança até um limite de três, desde que tivessem entre 7 e 15 anos – educação ): 4,7 milhões de famílias beneficiárias;
- No Bolsa Alimentação (R$ 15,00 mensais pagos por criança até um limite de três, desde que tivessem entre 0 e 6 anos – saúde): 1,6 milhão de famílias.
A verdade é que nunca houve real investimento em Programas Sociais em nosso país até ele ser dirigido por uma pessoa “do povo”. Essa é a verdade que eu vivi trabalhando pra o Governo Federal todo esse tempo. O Bolsa Escola não foi uma estratégia de combate à pobreza e muito menos de incentivo à educação no governo FHC. Nada foi além de remendos, criados às vésperas das eleições, por um governo com uma popularidade baixíssima. Poucos têm conhecimento disso, mas a alcunha de “Bolsa Esmola”, muitas vezes utilizada pelo seu partido para caracterizar o Bolsa Família, de fato, era o apelido daquele Bolsa Escola lá atrás.
Leia a íntegra aqui.
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