Contraf-CUT: Santander precisa acabar com terrorismo
Confederação que representa os trabalhadores do ramo financeiro condena as demissões após o polêmico informe divulgado pelo banco atribuindo a reeleição da presidente Dilma Rousseff a um cenário de instabilidade econômica no País; confederação diz que "o banco quer se justificar perante a opinião pública", mas o gesto é apenas "uma tentativa de 'tapar o sol com a peneira' e se eximir da sua responsabilidade diante do terrorismo econômico e eleitoral que manifestou no comunicado"
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247 - A Confederação que representa os trabalhadores do ramo financeiro, Contraf-CUT, condenou as demissões realizadas pelo Santander após o polêmico informe divulgado a clientes de alta renda atribuindo a reeleição da presidente Dilma Rousseff a um cenário de instabilidade econômica no País.
Em nota, a entidade diz que "o banco quer se justificar perante a opinião pública", mas agir com demissões é apenas "uma tentativa de 'tapar o sol com a peneira' e se eximir da sua responsabilidade diante do terrorismo econômico e eleitoral que manifestou no comunicado".
Leia a íntegra:
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) não ficou nada satisfeita com as medidas tomadas pelo Santander após a divulgação da carta enviada em julho aos clientes de alta renda (Select), onde o banco espanhol dizia que uma eventual reeleição da presidente Dilma Rousseff iria deteriorar a economia brasileira. Segundo notícias da imprensa, além do pedido de desculpas, o banco espanhol teria agora demitido três ou quatro funcionários do segundo e terceiro escalão.
"A direção do banco espanhol quer se justificar perante a opinião pública, mas na realidade trata-se de uma tentativa de 'tapar o sol com a peneira' e se eximir da sua responsabilidade diante do terrorismo econômico e eleitoral que manifestou no comunicado aos clientes, o que afrontou a economia e a democracia do Brasil", avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.
Na análise econômica, que foi impressa na última página do extrato mensal remetido aos clientes endinheirados, o banco usou termos como "quebra de confiança e pessimismo crescente em relação ao Brasil", projetando que se a presidenta Dilma Rousseff "se estabilizar ou voltar a subir nas pesquisas, um cenário de reversão pode surgir. O câmbio voltaria a se desvalorizar, juros longos retomariam alta e o índice da Bovespa cairia".
"O Santander tem que ir além e a sua direção no Brasil precisa mudar a sua gestão equivocada. É inaceitável que um banco divulgue previsões econômicas para interferir no processo eleitoral do País, buscando favorecer candidatos e levar vantagens financeiras para o próprio banco e os seus clientes de alta renda", salienta o dirigente da Contraf-CUT. "Queremos que o banco respeite o Brasil e os brasileiros", conclui.
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