Confusão no Senado: estudantes protestam, policiais reprimem
Alunos da Universidade de Braslia participaram de manifestao contra a aprovao do Cdigo Florestal; um deles foi atingido por arma de efeito paralisante
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247, com Agência Estado - Quando o assunto do dia é a prisão dos estudantes que invadiram a Reitoria da USP, outro protesto de alunos vira caso de polícia. Neste início de tarde, a Polícia do Senado vai tomar depoimento de universitários de Brasília que protestaram na hora da votação do Código Florestal na Câmara. O projeto passou hoje pelas comissões de Ciência e Tecnologia e de Agricultura e Reforma Agrária. Um dos jovens foi atingido por um disparo da arma Taser, cujas ondas causam paralisia. Ele foi arrastado por policiais até o elevador.
Caio de Miranda disse que estava no local para protestar contra o novo código. "Só tinha um pequeno agricultor lá (nas comissões), o resto era ruralista", justificou. No total, 15 estudantes da Universidade de Brasília (UnB) entraram no Senado. Desses, só três tiveram acesso à sala de reunião das duas comissões.
Durante a manifestação, os estudantes fizeram coro, gritando para os senadores: "não nos representam, não nos representam". Miranda acusa os policiais de terem se irritado quando ele os acusou de serem "ladrões porque defendem ladrão". Policiais acusam esse estudante de ter tentado agredi-los.
O estudante detido pelos policiais, Raphael Pinheiro da Rocha, será indiciado pelos crimes de desobediência e resistência à prisão. Raphael foi arrastado por cerca de 20 metros, por quatro policiais, após receber voz de prisão quando, aparentemente, estava desmaiado. O diretor da Polícia Legislativa do Senado, Pedro Ricardo Araújo Carvalho, disse que, em depoimento dado na presença do pai, o estudante reconheceu que simulou o desmaio. Na proximidade do elevador que dá acesso à delegacia, Raphael “tentou desvencilhar-se com chutes” dos policiais e levou um tiro de taser, pistola paralisante usada pelos agentes.
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