Comunicação da PF nega censura a entrevista de delegado

Em nota, corporação diz que apenas se manifestou contra o fato de Luís Flávio Zampronha não ter obtido autorização para falar à imprensa, conforme instrução interna; em entrevistas recentes, o coordenador das investigações sobre o caso 'mensalão' fez críticas ao MP e ao procurador-geral da República

Comunicação da PF nega censura a entrevista de delegado
Comunicação da PF nega censura a entrevista de delegado (Foto: José Cruz/Agência Brasil)


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247 – O departamento de Comunicação da Polícia Federal emitiu uma nota nesta sexta-feira 17 em resposta à acusação de censura por parte da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal a entrevistas concedidas pelo delegado Luís Flávio Zampronha. Segundo a entidade, que divulgou comunicado nesta quinta-feira, a PF representou contra o delegado na Corregedoria Geral do órgão pelo fato de ele ter concedido entrevistas a veículos da imprensa sobre o escândalo do "mensalão", cujas investigações ele coordenou.

Sobre o caso, a Polícia Federal nega ter representado contra o delegado, mas apenas se manifestado contra sua atitude. De acordo com a instituição, para conceder entrevistas à imprensa é necessário obter autorização da PF e estar acompanhado da assessoria de imprensa, o que não foi feito por Zampronha. Em entrevistas recentes aos jornais O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo, o investigador fez críticas ao Ministério Público e ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

Leia na íntegra a nota divulgada pela PF nesta sexta:

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NOTA A IMPRENSA

Brasília/DF – Em referência à nota de repúdio divulgada ontem, 16/8, pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal – ADPF, sobre suposto ato de censura do chefe da Divisão de Comunicação Social, a Polícia Federal esclarece:

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1 – A Divisão de Comunicação Social não representou contra o Delegado Luís Flávio Zampronha na Corregedoria Geral do órgão, mas se manifestou, após ter sido questionada pela Direção Geral, no sentido de que as entrevistas concedidas pela autoridade policial não foram autorizadas, nem tampouco, acompanhadas pela assessoria de comunicação;

2 – Conforme prevê instrução normativa interna, cumprida diariamente desde o ano 2008, todos os servidores da instituição devem se manifestar junto aos meios de comunicação com a assessoria das unidades de Comunicação Social dos estados ou da Divisão de Comunicação Social para assuntos nacionais, desde que a informação se refira ao trabalho desenvolvido pela Polícia Federal;

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3 – A Comunicação Social da PF não pratica censura, apenas cumpre o seu papel de zelar pela imagem do órgão, buscando sempre informar ao cidadão sobre os resultados dos trabalhos de seus membros, fortalecendo o nome da instituição junto à sociedade e aos meios de comunicação;

4 – Como em qualquer órgão público minimamente organizado, ao dirigente maior cabe a decisão de quem será o porta-voz para concessão de entrevistas ou comunicados oficiais. Assim sendo, longe de ser considerado ato de censura, a impossibilidade dos integrantes da instituição manifestarem-se individualmente sobre assuntos afetos à PF busca evitar que a ação da Polícia Federal em prol da sociedade seja confundida com a opinião pessoal de seus integrantes.

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LEANDRO DAIELLO COIMBRA

Diretor Geral do Departamento de Polícia Federal

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