Como evitar crises ao viajar para o exterior

O marinheiro de primeira viagem no pode deixar de ler uma srie de dicas essenciais para quando for sair do Pas



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Por João José Forni - Se você está viajando pela primeira vez para o exterior ou não costuma viajar com frequência é bom estar atento. Preparar-se para a viagem não é apenas arrumar a mala e comprar as passagens. É preciso prestar atenção a muitos detalhes que podem estragar o passeio. Isso vai desde documentos, vistos ou vacinas que são esquecidos, até cuidados que devem ser tomados no aeroporto, no avião e nos locais visitados. 

Passaporte – O principal documento que você deve carregar durante toda a viagem é o Passaporte. Sem ele você não sai do Brasil (a não ser para alguns países da América Latina) nem entra em qualquer outro país. Perdê-lo, portanto, é dor-de-cabeça na certa. Como você terá que apresentá-lo às autoridades, cuidado ao andar com o passaporte na mão e na confusão de malas de mão, revista no aeroporto, etc. para não perdê-lo. Ele também é um objeto cobiçado por ladrões e quadrilhas internacionais, para falsificação. Portanto, distraiu-se, alguém passa a mão no passaporte. 

Antes de viajar – Faça uma cópia colorida do passaporte. Ao sair, quando chegar ao destino, só use a cópia. Deixe o passaporte no hotel, em lugar seguro (cofre, mala chaveada, etc.). Não ande com ele, se não for embarcar. Não há costume no exterior de se pedir documentos, a não ser em casos raros, no uso do cartão de crédito. E a cópia do passaporte é aceita. 

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Check-in – É o credenciamento do passageiro para uma viagem no avião. É feito no aeroporto, no balcão da companhia que vendeu a passagem. Excursões são facilitadas, porque um funcionário faz o check-in antecipadamente. Mas se você for sozinho ou se atrasar, terá que se virar por conta própria. Nas viagens internacionais, principalmente EUA, há uma revista prévia, antes do check-in. O empregado pergunta se você recebeu pacote de outra pessoa; se sua mala foi feita por você mesmo; se sempre esteve perto das malas: são medidas de segurança, adotadas após o 11 de setembro. 

Horário de chegada ao aeroporto – Importante: nos voos internacionais, partindo do Brasil, o horário de chegada ao aeroporto é duas horas antes do voo. Dependendo da cidade e do horário, vai enfrentar longas filas. No exterior, geralmente em países da Europa, é uma hora antes. Nas normas que vêm junto com o ticket da passagem está registrado o horário de comparecimento. Importante: na maioria das grandes capitais do mundo, há vários Terminais (pequenos aeroportos dentro do aeroporto) nos aeroportos. Por ex. No aeroporto de Heathrow, em Londres, um dos maiores do mundo, há quatro terminais, cada um maior que qualquer aeroporto brasileiro. Você sempre tem que saber de que Terminal seu avião está saindo para informar ao táxi ou para pegar o transporte correto. Nas grandes capitais, há metrô ou trens que levam até ao aeroporto. Caso contrário, você vai parar em outro local e corre sério risco de perder o voo. Portanto: ver no bilhete – Aeroporto (nome). Existem dois ou até quatro aeroportos internacionais em algumas capitais. E o número do Terminal, naquele aeroporto. 

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Balcão – Após essas perguntas, você entra na fila do despacho de bagagem. O passageiro brasileiro, em viagens ao exterior, tem direito a despachar duas malas de até 32 kg. Não pode passar um quilo sequer. Não há jeitinho. As empresas são rigorosas. Se tiver 34 kg, eles mandam tirar dois kg. Na ida, em geral, não há problema. Na volta deve-se ter cuidado com as compras, evitar comprar objetos pesados (livros, revistas, objetos de aço) e pesar a mala antes, se for possível. Há balanças para pesar mala, que podem ser adquiridas na viagem, a preços módicos. 

Documentos para check-in – A atendente exigirá o bilhete de passagem (ou da reserva) e o passaporte (em geral só o passaporte resolve), com visto de entrada, se o país do destino exigir. EUA, Austrália, Canadá e México, por exemplo, exigem visto. Os países europeus mais conhecidos não exigem. Deve-se observar também, se o destino não exige algum certificado de vacina, como febre amarela e varíola. Se tudo estiver correto, a atendente lhe dará o “cartão de embarque”. É nesse momento, para quem não marcou antes seu lugar no avião, que você deve escolher a poltrona onde vai sentar no avião. Há pessoas que gostam de viajar na janela, outros no corredor. Em viagens internacionais, de longa duração (Brasil-EUA; Brasil-Europa ou outros países mais distantes), prefira o corredor, porque é mais fácil para ir ao banheiro, sair para caminhar, sem incomodar o acompanhante. Prefira os lugares mais na frente, longe dos banheiros, por causa do barulho, durante a noite. Mas isso não chega a ser um grande problema. Quanto antes chegar ao aeroporto, melhores lugares você terá, se já não marcou na hora da compra da passagem ou do check-in feito pela internet. 

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Cartão de embarque – Depois do passaporte, é o documento mais importante para você poder embarcar. Sem ele, não há embarque. Perdeu, terá que ir à empresa, sujeito a perder o voo. Cuide dele, como do passaporte. Perder o cartão é confusão certa. Esse dissabor acontece quase sempre naquele entrevero da revista das bagagens. Conselho: passou na entrada do portão de embarque (quando você mostrará o cartão), guarde-o. A partir daí, só o passaporte será mostrado ao fiscal da alfândega, no guichê de saída. O cartão de embarque só será utilizado, a partir de agora, se for fazer compras nas Free Shop ou lá na entrada da porta do avião. Portanto, por precaução, guarde-o na bolsa de mão ou no bolso com todo cuidado. 

Malas – Fique atento para ver se a atendente colocou a etiqueta certa do destino na mala. Cada cidade tem uma sigla, às vezes estranha. A etiqueta define o destino de sua mala, naquela confusão que é um depósito de malas nos aeroportos internacionais. Importante: se você mesmo estiver fazendo o check-in, sem excursão, e sua viagem é com conexão, por exemplo (Brasília-Lisboa-Londres), perguntar se a mala vai direto para Londres, caso contrário você faz escala em Lisboa, segue viagem, e a mala fica. Isso tem que ser muito bem esclarecido no embarque, porque as atendentes nem sempre são preparadas. Muitas nunca viajaram ao exterior e na confusão do check-in elas podem dar informação errada. Se a alfândega (entrada) no país para onde você está viajando é pelo primeiro aeroporto que você parar (por exemplo, São Paulo-Atlanta-Orlando), você terá que fazer a alfândega (apresentar passaporte, formulário, entrevista, etc. em Atlanta) e pegar as malas e redespachar, num procedimento rápido, para o destino final da sua viagem. Se você não despachar, sua mala fica. 

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Depois do check-in, malas – Entregou as malas. Relaxe. Agora é por conta da empresa. Mas não esqueça: as bagagens de mão também passam por revistas rigorosas, scanners. Não leve drogas, alimentos, qualquer tipo de pó suspeito, caso contrário poderá ser interpelado. Pode-se levar biscoitos, alimentos não perecíveis, para consumo na viagem. Evite garrafas de bebidas nas malas. As bagagens sofrem nas viagens de avião. Elas são atiradas sem cuidado pelos carregadores e as garrafas podem quebrar nas malas, e fazer um estrago nos seus pertences. Outro lembrete. As malas pegam chuva nos aeroportos. Se sua mala é muito fina, que passe água, coloque todo o conteúdo (roupas, calçados) protegido por um saco plástico. Pode até ser um saco de lixo. Evitará dissabores, como encontrar sua melhor roupa toda manchada. IMPORTANTE: apesar de haver folclore de que não adianta usar, coloque cadeados confiáveis em todas as malas DESPACHADAS. E coloque duas etiquetas, em cada mala, com o endereço onde você vai estar no destino e o seu telefone celular. (Não esqueça, na volta, de mudar a etiqueta com o endereço de sua residência. Leve isso pronto daqui do Brasil) Isso facilita a entrega das malas, caso perdidas. Tenha a descrição completa de sua mala, se preciso anote (tamanho, estilo, cor, pode até fotografá-la no celular) , para o caso de perda, quando você terá que fazer uma ocorrência no aeroporto de chegada e registrar exatamente como ela é e o que está escrito na etiqueta. 

Perda da mala – A perda de uma mala é uma alternativa que nunca você pode descartar. Se ocorrer, embora seja uma situação desagradável, não entre em pânico. Não resolve. Vá até a empresa aérea e registre a ocorrência. As empresas têm um cadastro internacional com todas as malas perdidas. Se a sua mala foi parar em Estocolmo e ninguém retirou, elas entram no cadastro e mandam a mala para o destino registrado. Quase sempre a mala aparece, um ou dois dias depois, e é entregue no endereço que você indicou na hora da ocorrência (hotel, casa, navio), onde for, em qualquer lugarejo do mundo e até em navio. Nesse caso, compre, no primeiro dia, roupas íntimas, material de higiene, o que for necessário e pegue as notas para pedir ressarcimento à empresa aérea. 

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Dinheiro e objetos de valor – NUNCA ponha valores, jóias, dinheiro, documentos, cheques, cartões de crédito, lap tops, iPad, máquina fotográfica, celular ou remédios que você usa habitualmente nas malas despachadas no porão do avião. Lembre-se sobre a possibilidade de extravio da bagagem. Carregue tudo de valor na mala de mão. 

Bagagens de mão – Em geral, só é permitido um volume por pessoa, excluindo a bolsa pessoal (no caso da mulher) e uma pasta (no caso de homens). Não pode ser muito pesada. Nas viagens internacionais, pelo fato de os aviões serem maiores, há mais flexibilidade com o tamanho e peso do que em voos domésticos. Por isso, essa bagagem também deve ser muito cuidada, porque as quadrilhas internacionais, que perambulam pelos aeroportos, sabem que ali estão os valores e documentos dos viajantes. Nunca – repetir NUNCA deixe sua bagagem aos cuidados de um desconhecido; NUNCA tire o olho da bagagem, mesmo quando vai pagar um café no caixa da lanchonete do aeroporto; fazer o check in ou ir ao banheiro. A bagagem de mão, esteja ou não no carrinho, tem que estar sempre sob seu absoluto controle. Todos os dias são roubadas bagagens de mão nos aeroportos, principalmente laptops, passaportes e carteiras. Você ficaria surpreendido com incrível perspicácia, rapidez e desenvoltura de quadrilhas especializadas em roubar pastas, lap tops, etc. nos aeroportos. 

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Precauções – Leve na bagagem de mão uma muda de roupa íntima, para emergências, e um casaco, blazer. Isso porque você pode ficar sem mala e há uma alternativa. O pulôver/blazer/blusa serve para vestir no avião, porque às vezes a temperatura da aeronave é muito fria. Você não conseguirá dormir. Se o destino é uma região muito fria leve, além das malas de mão, o seu sobretudo ou casacão, que o protegerá do frio quando descer. Esse casaco vai junto com você. 

Revista na bagagem de mão – Elas são as mais visadas pela fiscalização do aeroporto. Em viagens ao exterior, pode levar lap top, IPad (não esqueça de levar as notas de compra, se for novo, para comprovar que você já saiu do país com eles), que deverão ser tirados da bolsa na hora de passar no scanner, antes do embarque. Não podem ser levados na bagagem de mão: objetos pontiagudos, como facas, canivetes, tesourinhas, objetos de ferro para o cabelo, espátulas, etc. qualquer tipo que represente uma arma ou ameaça na mão do passageiro. Elas simplesmente serão retidas nos aeroportos e descartadas. 

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Líquidos – É proibido levar qualquer tipo de líquido em embalagens com mais de 100 ml na bagagem de mão: perfumes, remédios, gel, aerosol. Se você tiver frascos pequenos, com até 90 ml (em inglês three ounce) eles precisarão estar acondicionados dentro de um envelope plástico. Põe-se tudo no envelope, com um fecho reutilizável do tipo Zip, tira-se da mala de mão na hora da revista e passa. É proibido levar quaisquer produtos explosivos ou inflamáveis, como isqueiros a bordo. Em geral, é permitido apenas um saco plástico por pessoa. Os aeroportos possuem envelopes gratuitos, mas por precaução leve envelopes na bagagem. O tamanho ideal do saco é de 20cm X 20cm. Em função dessa proibição, é conveniente transportar sua necèssaire, com perfumes, cremes, etc. na MALA DESPACHADA e não na mala de mão. Isso evita muitos dissabores. Só coloque na mala de mão pequenos frascos, até mesmo pasta de dente, extremamente necessários, com não mais de 100 ml. Não adianta tentar passar com o seu vidro de 250 ml do perfume caro que comprou. Nos aeroportos mais rigorosos, como Estados Unidos, Inglaterra e França, vão lhe tomar o perfume.

Scanner – Na hora da fiscalização você precisará colocar a sua bagagem de mão na esteira da máquina de raio-x. Nesta ocasião, antes de colocá-la na esteira, retire o saco plástico com os produtos líquidos, assim como o notebook, iPad e coloque dentro de bandejas plásticas que eles oferecem. 

Objetos de metal – Você também deve colocar nessa badeja qualquer objeto que possa acionar o alarme, no pórtico de metal em que você passará, como cintos com fivela, relógios, jóias, colares, canetas, moedas, celular, etc. No Brasil, não é exigido tirar os sapatos. Nos EUA e principais países da Europa, na passagem pelo scanner, em geral pedem também para tirar os sapatos, quando o salto é grande. Se o scanner acionar o alarme, você terá uma revista particular por um funcionário. 

Compras nos aeroportos – Você até pode viajar com a idéia de comprar alguma coisa nas Free Shop dos aeroportos, que oferecem produtos importados sem impostos. Portanto, bem mais baratos do que no Brasil. Existem limites para essas compras também. E você não pode abrir o envelope das compras até entrar no avião ou sair do aeroporto, se for na chegada. É proibido abrir. Guarde apenas. Não compre muita coisa na ida. Na cidade do destino pode ser mais barato. E a bagagem já começa a ficar lotada. Isso é um erro. Até dentro dos aviões, há vendas de produtos importados. Há um catálogo no banco do avião, mas em geral é mais caro do que nas Free Shop dos aeroportos. 

Embarque em primeiro lugar – Não esqueça de uma coisa: a prioridade total de você não são compras, mas embarcar no voo e viajar. Portanto, antes de se empolgar com uma enorme loja à sua disposição, verifique se o seu voo já está contemplado nos quadros de avisos, se já apareceu numa tela grande eletrônica onde consta o número do voo (muito importante, ver no cartão de embarque), a empresa, o portão de embarque (importantíssimo) e o horário de partida do avião. Ali está registrado o horário, atraso, etc. Conferido isso, olhe a hora e de quanto tempo você dispõe para embarcar. A hora que está no quadro é do avião partir e não para você estar no portão. Muita gente perde o voo, principalmente nos voos internacionais, porque os portões são distantes da entrada, principalmente nos grandes aeroportos internacionais. Caminha-se muito e não se chega a tempo. Acostumados no Brasil, em aeroportos menores, os passageiros de primeira viagem não fazem ideia da distância. Pensam que aquela hora é a do embarque. Não é. Chegue pelo menos 45 ou 30 minutos antes daquela hora ao portão e espere. Melhor esperar, do que perder o voo para comprar um vidro de perfume. Importante: nos grandes aeroportos internacionais, há uma placa dizendo: Portões 1 a 15 (5 minutos); portões 16 a 30 (15 minutos); portões 31 a 50 (20 minutos). Isso significa que você levará todo esse tempo, caminhando rápido, para chegar ao portão e estar pronto para o embarque. Então não dê bobeira. Quem caminha devagar, saia antes. Caso contrário, adeus voo. Ninguém espera no aeroporto. Há horários rígidos para o avião sair. Não se acostume como no Brasil, em que a empresa às vezes chama os passageiros retardatários no auto-falante. Isso não ocorre no exterior. 

Avião – Um voo internacional, embora extremamente agradável para quem está acostumado, pode ser monótono e cansativo, porque são 8, 9, 10 horas confinado numa cadeira, fazendo uma ou duas refeições, sem poder caminhar. As pernas sentem, há incômodo no estômago, às vezes nos ouvidos por causa da pressurização não muito boa e as poltronas da classe econômica, em alguns aviões, são muito apertadas para quem tem pernas compridas. Por isso, é bom escolher o lugar no corredor. Relaxe. Assista a um dos filmes oferecidos nos grandes vôos internacionais, mas leve livros (finos) e revistas para ler, jogos eletrônicos, aparelhos para ouvir música, laptop, iPad se tiver. Todos de tamanho pequeno. O menos é mais na viagem ao exterior. Quanto menos coisa levar, menos trabalho terá em embarque/desembarque. Às vezes, você terá que puxar ou carregar a mala por 300, 500 metros no aeroporto ou fora, para chegar ao táxi ou ônibus. Não raro, subir escadas, entrar em ônibus, metrô, trens. Pouco peso, portanto. O jantar é servido uma hora mais ou menos após a decolagem, para permitir depois que todos durmam.

Evite no avião: incomodar o vizinho conversando alto. Ninguém gosta, principalmente estrangeiros, que são mais discretos, de alguém falando ou rindo alto, tossindo ou espirrando por perto. Tenha cuidado com copos de café, bebida, para não virar. No avião, tudo é apertado. Um descuido e lá se vai calça, vestido, camisa. Lembre-se, você só tem uma muda de reserva. Evite ficar mexendo muito ou empurrando a poltrona à sua frente. Isso incomoda o passageiro. Se tirar os sapatos (recomendável) para viajar, previna-se com pés e meias limpos e bem cheirosos. Não faça exposição pública de seus pés em cima dos bancos e nem deixe os pés espichados, principalmente à noite, para fora do banco, incomodando quem passa no corredor, inclusive a tripulação do avião. É falta de educação. 

Banheiros – Se a viagem for noturna, não deixe para ir ao banheiro, quando todo mundo acordar pela manhã. As luzes do avião começam a se acender uma hora e meia antes do pouso, para servir o café da manhã. Seja esperto, quanto estiver escuro, antes da alvorada, vá ao banheiro tranquilo, porque depois se formam grandes filas. E é bastante desagradável ficar “apertado” numa fila de banheiro. São poucos banheiros para muita gente. Se sujar o banheiro, procure pelo menos deixar em condições para outra pessoa utilizar. Homens devem levantar a tampa do vaso, naturalmente, em respeito às mulheres, quando utilizarem os banheiros rapidamente, porque os banheiros são mistos. 

Chegada no destino – Lembre-se, você está fora do seu país. Cuidado com opiniões, gracinhas, pegadinhas. Os estrangeiros detestam isso. São extremamente profissionais, principalmente nos países anglo-saxões e na maioria dos países europeus e orientais. Tenha em mãos o formulário que a aeromoça lhe deu para preencher, antes da chegada. E o passaporte. No caso de excursões, a entrada é mais facilitada, mas nunca fique tão certo de que entrará no país numa boa, como se fosse a casa da mãe-joana. Eles fazem perguntas. Quanto tempo fica lá? O que veio fazer? Se tem onde ficar? Quanto está trazendo de dinheiro? Endereço? Passagem de volta? Essas coisas assim. Se não fala o idioma local, peça ajuda. O inglês é a língua convencional. Mas não fique irritado com as perguntas. Faz parte da liturgia da alfândega e em algumas os funcionários são extremamente mal-educados. Quanto mais jovem a pessoa (18 a 30 anos) mais rigorosa é a passagem pela alfândega. O resumo é: você deve provar que vai fazer turismo ou participar de algum evento, mas com dinheiro, hotel, passagem, tudo garantindo sua volta ao país de origem. A crise econômica agravou essa triagem, porque houve uma corrida aos países mais desenvolvidos. Se for barrado, não faça escândalo. Não são raros os casos em que brasileiros foram presos por desacato. Lembre-se, nunca perca a linha. Leve o telefone da Embaixada brasileira no país de destino. 

Esteira de bagagem – Chegou? Deu entrada. Vá pegar sua mala na esteira de bagagem. Nos aeroportos internacionais são inúmeras esteiras, milhares de malas. Procure a esteira onde está registrado o número do seu voo e pegue suas malas. Não existe ajuda de ninguém. Em algumas cidades, os carrinhos são pagos. Cobra-se um dólar ou um euro por carrinho. Em outros, não. Por isso, procure levar moeda miúda do país: dólar, euro (Europa, menos Inglaterra), libra (Inglaterra). O dólar é uma moeda aceita em qualquer país, mas é melhor fazer câmbio e sempre usar a moeda local.

Câmbio – Todo mundo que chega sem a moeda local corre para fazer câmbio numa Casa de Câmbio no aeroporto. Errado. É onde cobram a taxa de conversão mais cara. Se você tem dinheiro para o táxi ou transporte de graça, deixe para adquirir a moeda (troca de dólar por Euro ou Real por Euro, se aceitarem, o que não é comum) no centro da cidade. É mais barato. O ideal é levar o dinheiro estrangeiro do Brasil.

Cartões de Crédito – Depois que o governo brasileiro aumentou o IOF sobre compras no exterior de 2,38% para 6,38%, esqueça o cartão de crédito para compras. Só leve para emergências. Compre o que puder, todo o dinheiro que pretende utilizar no exterior - em Real, em Euros/Dólar/Libra - dependendo para onde for, aqui no Brasil. Se sobrar, na volta, o banco recompra. Não há problema. Cartão de crédito para sacar é fria. As tarifas bancárias são altíssimas. Se você não quiser levar dinheiro vivo, existem cartões especiais, carregados no Brasil, com moeda estrangeira que você pode sacar lá em qualquer ATM (caixas automáticos). Paga-se apenas o IOF. Pode ser comprado nos grandes bancos e empresas de cartões de crédito. É o chamado traveller money. Se você for utilizar cartão de crédito internacional, certifique-se com seu gerente de que ele está habilitado para o exterior.

Segurança – Cuidados com valores – Não confie que países estrangeiros são um paraíso, onde não existem assaltos. Há pessoas assaltadas duas ou três vezes no exterior e nunca foram no Brasil. Mas em geral, países como Inglaterra e Estados Unidos têm uma boa segurança. Países com econômicas mais pobres, com alto índice de desemprego, assim como ocorre no Brasil, têm índice alto de assaltos e violência. Rouba-se muito em ônibus, metrô e até na rua. Portanto, ande sempre com seu dinheiro em lugar seguro. Pouco dinheiro, numa bolsa à prova de ser arrancada do seu corpo, sempre fechada. Na loja, não dê bandeira. Não aceite ofertas de ajuda de pessoas que não conhece. Para isso, existem os guardas, os guias de turismo. O hotel é um bom lugar para pegar dicas sobre restaurantes, passeios, excursões ou outras dúvidas. Nunca pegue um táxi ou transportes piratas, que não forem indicados pelo hotel ou oficiais. Pode ser uma cilada. Não aceite oferta de compartilhar táxi em aeroportos. Pegue táxi oficial e pague a tarifa do taxímetro. Em algumas cidades, principalmente dos Estados Unidos, costuma-se dar uma gorjeta para o motorista, de até 15% da corrida. Leve o endereço de destino (residência, hotel) no local da viagem bem claro. Se possível, entre o Google Maps e descubra a localização do hotel para saber se é perto ou longe do aeroporto. Assim, você sabe onde anda. Na maioria das cidades, se tiver pouca bagagem, existem transportes públicos (trens, ônibus) ou vans que fazem transporte para o centro da cidade. Essa opção sai muito mais em conta do que pagar táxis.

Quarto do Hotel – Veja se o hotel tem cofre, para você deixar o iPad, laptop, passaporte, valores, documentos, cartões de crédito. Tudo que pode ser roubado. No quarto, guarde seu dinheiro em dois lugares. Não concentre num mesmo lugar. Fundo da mala, mala de mão por exemplo. Mas não confie muito em deixar dinheiro no hotel, se não for no cofre. Não são raros os casos de roubo em hotel, principalmente em países de menor tradição turística. Se for utilizar telefone, internet, primeiro saiba se são taxados. Os preços no exterior costumam ser muito caros para essas regalias. Nos EUA, bons hotéis têm internet gratuita. Na Europa, sobretudo na França, a internet ainda é cobrada. Em alguns hotéis, videogames, TV a Cabo, filmes também são taxados.

Celular – Outro objeto para ignorar: o celular. O uso do celular por brasileiros para ligações para o Brasil é extremamente caro. Você levará um susto quando chegar, mesmo com poucas ligações. Prefira comprar um cartão (vendido no aeroporto) para ligações internacionais. Assim, se você comprar US$ 50,00, já sabe que aquele é o seu limite para ligar para a família ou amigos. Use a internet, nas lan-houses. É mais barato. Torpedos também são caros. Se pretende usar o celular lá fora, certifique-se de que a empresa liberou o seu celular. Para quem for ficar muito tempo fora do país, convém comprar um celular pré-pago para utilizar em comunicações locais com a família ou amigos. Em Londres, por exemplo, um pré-pago custa 10 libras (R$ 26,00) e as ligações são baratas.

Excursões – Sight Seeing – Em quase todas as capitais dos países de tradição turística, e mesmo em boas cidades do interior dos países, há ônibus que fazem um tour para os turistas conhecerem os principais pontos turísticos. É uma excelente e econômica maneira de ver a cidade, principalmente para quem não tem muito tempo. Os ônibus, em geral, permitem utilizar o ticket dois dias. Pode-se descer, conhecer alguns pontos turísticos, e seguir depois com o mesmo ticket. Não precisa comprar com antecedência, aqui no Brasil.

Não dê vexame – Os brasileiros são conhecidos no exterior pelo ar festivo, barulho que fazem e a falta de disciplina e pontualidade. Não deixe os colegas esperando no ônibus, porque você ficou no banheiro arrumando a maquiagem ou a barba. Lembre-se, quem vai de excursão deve respeitar os outros, tanto nos horários, quanto no respeito à privacidade, ao silêncio. Ônibus de turismo não é lugar para ficar gritando no celular e fazendo fuzarca com piadinhas e cantoria. Seja discreto, principalmente em museus, galerias de arte e pontos turísticos. Os estrangeiros, principalmente em países anglo-saxões são extremamente disciplinados e detestam barulho nos pontos turísticos.

Compras – Todo o turista que sai do país, especialmente em época de dólar barato, pensa em trazer alguma compra, principalmente eletrônicos. As compras têm um limite de US$ 500,00 por pessoa, para entrar no país. Esse limite a Receita Federal calcula para objetos mais caros, como eletrônicos. Ela aceita que se traga um celular, uma máquina fotográfica, objetos que sejam de uso pessoal, sem entrar na cota. Além disso, não haverá problema se você trouxer um ou dois pares de tênis, alguns perfumes, roupas, etc. Não pode trazer quantidade, que caracterize comércio. Se você não ultrapassou US$ 500,00 com objetos eletrônicos, relaxe. Na declaração que vai preencher na entrada no Brasil, para entregar à Receita vai assinalar não, quando perguntado. O espaço para descrever objetos, fica em branco. 

Compras acima do limite – Posso trazer um lap-top do exterior? Se ele custar mais de US$ 500.00 (provado na nota, que se deve apresentar), e você for sorteado pela Receita para ser vistoriado, terá que pagar 50% de imposto sobre o que ultrapassar a cota de US$ 500,00. Se o lap top custou US$ 1.000.00, você pagará 50% de imposto sobre US$ 500,00 (o valor que ultrapassou a cota). Evite comprar por compulsão, você gastará seu dinheiro e muitas vezes compra o que não precisa. O melhor é fazer uma lista criteriosa, antes de viajar, do que realmente você pretende trazer. Fazer as contas e só comprar se estiver dentro do orçamento. Ou se valer a pena, quando feito o câmbio. Há turistas que enxugam gelo. Compram objetos no exterior por quase o mesmo preço do cobrado no Brasil. 

Free Shop – Além do limite de US$ 500.00, a que todo brasileiro tem direito de comprar nos países que visitou, ao passar pelos aeroportos o turista pode adquirir produtos importados até US$ 500.00 nas lojas Free Shop dos aeroportos. Lembre-se, No caso de comprar no exterior, só pode abrir o pacote, dentro do avião. Se for no Brasil, quando sair da sala de desembarque. Não se empolgue com as Free Shop. Os preços nem sempre compensam. Mesmo lá, a quantidade de unidades compradas não pode sugerir comércio.

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