Com voto de Mendes, maioria do STF condena mais um réu

Ministro Gilmar Mendes condena Kátia Rabello, José Roberto Salgado e Vinícius Samarane, ex-dirigentes do Banco Rural, por gestão fraudulenta na Ação Penal 470; agora, Samarane também reúne maioria de votos (seis) por condenação; Ayanna Tenório já tem maioria de votos por absolvição

Com voto de Mendes, maioria do STF condena mais um réu
Com voto de Mendes, maioria do STF condena mais um réu (Foto: Edição/247)


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247 - "O banco (Rural) incrementou artificialmente seu patrimônio líquido, induzindo a erro sua gestão contábil", constatou, nesta quinta-feira, o ministro Gilmar Mendes durante sessão da Ação Penal 470. "A prova é de que os gestores do Banco Rural optaram por escamotear a realidade de várias de suas operações, acarretando em prejuízos financeiros", completou, votando pela condenação dos réus Kátia Rabello, José Roberto Salgado e Vinícius Samarane, ex-dirigentes do Banco Rural.

Assim, além de Kátia e Salgado, Samarane também passa ao rol de condenados pela maioria do Supremo Tribunal Federal. "Com relação a Ayanna Tenório, absolvo por falta de provas. Neste ponto, acompanho o voto do ministro revisor. In dubio pro reo", disse o ministro, garantindo a absolvição da ex-vice-presidente do Banco Rural.

"Ninguém pode ser punido apenas por clamor do povo" (...) mas, sim, por ter cumprido os requisitos de lei penal previamente aprovada", iniciou o ministro. A maioria do STF já votou pela condenação dos réus Kátia Rabello e José Roberto Salgado, ex-dirigentes do Banco Rural, pelo crime de gestão fraudulenta. Ex-diretor do banco, Vincícius Samarane está a um voto da condenação, enquanto Ayanna Tenório teve apenas um voto contrário.

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Gilmar Mendes iniciou o voto lembrando os empréstimos feitos pelo Banco Rural às agências de Marcos Valério e ao PT. O ministro questiou sobre se de fato houve o repasse de recursos e disse que isso foi confirmado por laudo pericial. Segundo Mendes, houve um negócio jurídico simulado, mas não fictício, pois o dinheiro foi entregue. "Os fatos (falhas do banco relatada no processo) extrapolam as margens de risco e tolerância aceitáveis", disse.

O ministro disse que as provas mostram que o Banco Rural descumpria normas do Banco Central há algum tempo e, assim como fizeram os colegas Luiz Fux e Cármem Lúcia, apontou a importância da atuação do banco para a economia popular. Como o banco lida com recursos que não são próprios, qualquer problema em sua gestão afeta o mercado, afirma o ministro.

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No início da sessão desta quinta, o presidente da Corte, Carlos Ayres Britto, lembrou que, ontem, o revisor Ricardo Lewandowski concluiu seu voto, absolvendo Ayanna Tenório e Vinicius Samarane, por falta de provas. Na sequência, votaram Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Tóffoli e Cármem Lúcia, com votos praticamente idênticos, que condenaram Kátia Rabello, José Roberto Salgado e Vinícius Samarane peo crime de gestão fraudulenta, e absolveram a ex-vice-presidente Ayanna Tenório.

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