Com renúncia, Altman vê “maior derrota em 12 anos”

"Pela primeira vez, desde 2003, a Petrobras deixará de ser dirigida por um de seus trabalhadores", escreve Breno Altman, do portal Opera Mundi; jornalista afirma que "o novo presidente da estatal provavelmente sairá dos quadros de seus inimigos - leia-se, alguém crítico ao regime de partilha e à política de conteúdo nacional, talvez até favorável à sua privatização"; colunista do 247 diz que "o PT e a esquerda estão perdendo os principais postos da direção econômica do governo, dando lugar a expoentes do pensamento seguidamente derrotado pelas urnas nesse século"

"Pela primeira vez, desde 2003, a Petrobras deixará de ser dirigida por um de seus trabalhadores", escreve Breno Altman, do portal Opera Mundi; jornalista afirma que "o novo presidente da estatal provavelmente sairá dos quadros de seus inimigos - leia-se, alguém crítico ao regime de partilha e à política de conteúdo nacional, talvez até favorável à sua privatização"; colunista do 247 diz que "o PT e a esquerda estão perdendo os principais postos da direção econômica do governo, dando lugar a expoentes do pensamento seguidamente derrotado pelas urnas nesse século"
"Pela primeira vez, desde 2003, a Petrobras deixará de ser dirigida por um de seus trabalhadores", escreve Breno Altman, do portal Opera Mundi; jornalista afirma que "o novo presidente da estatal provavelmente sairá dos quadros de seus inimigos - leia-se, alguém crítico ao regime de partilha e à política de conteúdo nacional, talvez até favorável à sua privatização"; colunista do 247 diz que "o PT e a esquerda estão perdendo os principais postos da direção econômica do governo, dando lugar a expoentes do pensamento seguidamente derrotado pelas urnas nesse século" (Foto: Gisele Federicce)


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Por Breno Altman, no Opera Mundi e 247

Petrobras: a maior derrota em doze anos

Pela primeira vez, desde 2003, a Petrobras deixará de ser dirigida por um representante do campo político-ideológico que governa o país.

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O novo presidente da estatal provavelmente sairá dos quadros de seus adversários – leia-se, alguém crítico ao regime de partilha e à política de conteúdo nacional, talvez até favorável à sua privatização.

O profissional indicado, imagina-se, terá que se comprometer junto ao governo de sublimar suas posições pessoais sobre esses assuntos para assumir o cargo.

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Mas os riscos de retrocesso são evidentes e perigosos.

O PT e a esquerda estão perdendo os principais postos da direção econômica do governo, dando lugar a expoentes do pensamento seguidamente derrotado pelas urnas nesse século.

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Os brutais erros cometidos pela atual gestão da Petrobras, na tentativa de conter desabrida ofensiva para desidratar a empresa, tornaram inevitáveis mudanças de comando.

Decididas há dois meses, poderiam ter significado, por exemplo, a nomeação do petroleiro Jacques Wagner para sua presidência, com boas chances de estancar a crise e reorganizar a companhia sem dormir com o inimigo.

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Ficou tarde demais para uma solução caseira e classista.

O governo demorou para reagir, não o fez à altura e sentiu-se obrigado a jogar a toalha, buscando ganhar tempo para reorganizar a casa.

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A presidente teria o caminho de fechar o capital da companhia e reduzir a capacidade ofensiva das forças privatistas. Seria, no entanto, medida incoerente com a orientação de profundo recuo adotada em seguida às eleições.

Na lógica da estratégia pós-outubro, restou nova capitulação ao mercado.

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Trata-se da maior derrota do projeto democrático-popular em doze anos.

Será árduo o combate para recuperar a empresa sem o país perder sua principal ferramenta de desenvolvimento ou vê-la condicionada por interesses imperialistas.

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