Colunista da Folha diz que junho ficou para trás

Igor Gielow diz que o "maior protesto da história do Brasil" para o Sete de Setembro, 'conforme pregava a fantasia de uma molecada presa à realidade virtual, desandou apenas na já habitual e lamentável pancadaria localizada'

Igor Gielow diz que o "maior protesto da história do Brasil" para o Sete de Setembro, 'conforme pregava a fantasia de uma molecada presa à realidade virtual, desandou apenas na já habitual e lamentável pancadaria localizada'
Igor Gielow diz que o "maior protesto da história do Brasil" para o Sete de Setembro, 'conforme pregava a fantasia de uma molecada presa à realidade virtual, desandou apenas na já habitual e lamentável pancadaria localizada' (Foto: Roberta Namour)


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247 - O ímpeto inicial e novidadeiro, que apavorou políticos e obrigou os Poderes a darem sinais de que "ouviram a rua", parece ter esmorecido. É o que acredita o colunista da Folha Igor Gielow. Para ele, os atos isolados no Sete Setembro são a prova de que junho ficou para trás. Leia:

Gigante de sono agitado

BRASÍLIA - O relativo "flop" registrado ontem, do ponto de vista de amplitude simbólica das manifestações, sugere que junho pode ter ficado definitivamente para trás.

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Há um mês, não havia ministro ou assessor palaciano que não prenunciasse um Sete de Setembro inesquecível, em que autoridades seriam constrangidas de forma inédita.

Não foi o que aconteceu. O "maior protesto da história do Brasil", conforme pregava a fantasia de uma molecada presa à realidade virtual, desandou apenas na já habitual e lamentável pancadaria localizada.

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Em Brasília, com efeito, havia muito mais polícia do que manifestante na rua. A capital do Brasil lembrava Islamabad, sua homóloga paquistanesa, quando vivia praticamente sob estado de exceção nos anos 2000.

Bloqueios, camburões em disparada por contramãos, rasantes de helicópteros, escudos, cavalos, cães. A cidade parecia viver a ameaça de uma guerra, com soldados despreparados prontos a borrifar spray de pimenta em quem se aproximasse, ativista ou profissional de imprensa.

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E nem isso foi capaz de deter os incontroláveis de sempre -uns gatos-pingados sem agenda clara, com exceção daqueles que agridem jornalistas, prédios da Globo, concessionárias de carros e outros símbolos inequívocos da opressão do capitalismo maquiavélico. Bocejo.

A impressão que fica é que esses espasmos residuais dos grandes atos de junho ficarão como marca perene no cenário brasileiro. Se o gigante havia acordado, como gostam de dizer, ele resolveu tirar uma soneca algo agitada.

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Mas o ímpeto inicial e novidadeiro, que apavorou políticos e obrigou os Poderes a darem sinais de que "ouviram a rua", este parece ter esmorecido. Mais respostas convencionais, como planos mirabolantes e "pactos", são previsíveis. Ao menos até uma próxima conjunção de fatores -alguém falou em Copa e campanha eleitoral em 2014?

 

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