Chantagem e disputa municipal por trás da pressão do centrão para tirar Daniela Carneiro do Turismo
Segundo o jornalista Ricardo Bruno, chantagens e disputas políticas fazem parte dos bastidores da envolvendo a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, do União Brasil
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247 - As especulações sobre a possível demissão da ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União-RJ), marcaram a semana. Ela utilizou as redes sociais para reafirmar a sua confiança em sua gestão no governo e declarou que continuará atuando no Ministério do Turismo por mais alguns meses, apesar das incertezas em torno de sua posição.
Nos bastidores políticos, a decisão do presidente Lula em manter Daniela no cargo vem acompanhada de muita pressão. Em entrevista ao programa Brasil Agora, da TV 247, o jornalista Ricardo Bruno revelou detalhes das movimentações e disputas em torno da permanência da ministra.
Segundo Bruno, há um movimento por parte da União Brasil, partido ao qual Daniela Carneiro e seu marido, o prefeito de Belford Roxo, Waguinho, buscam se desvincular. Para o jornalista, o partido tenta colocar o governo contra a parede, ameaçando direcionar seus deputados para a oposição. "É um movimento de chantagem querendo colocar o governo contra a parede dizendo: olha se vocês cedem aos apelos do Waguinho nós vamos colocar mais deputados na oposição", afirmou.
Ricardo Bruno também destacou a disputa política dentro do município de Belford Roxo como um fator relevante nessa situação. O deputado estadual Márcio Canela é candidato a prefeito, e o prefeito Waguinho, que já teve alianças com Canela, pressiona para lançar outro nome. Essa disputa política local tem reflexos nas posições da direção nacional do partido.
Bruno destacou que Daniela Carneiro “é uma liderança popular, é mulher e evangélica que teve uma atuação firme na eleição do presidente Lula”. Para ele, a pressão para tirar a ministra do cargo, é uma tentativa de enfraquecer o governo e a representação do Rio de Janeiro. “Está se tentando tirar do Rio de Janeiro seus dois Ministérios", afirmou, mencionando também a pressão sobre a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
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