Centrais Sindicais da América do Sul defendem Dilma

Sindicalistas que estão em Brasília para 48ª Cúpula do Mercado Comum do Sul (Mercosul) fizeram um apelo em defesa do caráter democrático em toda a região; Antonio Jara, coordenador das Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS), citou os casos de situações ocorridas recentemente pelos governos do Paraguai, Equador e da Argentina para comparar com a situação brasileira: "Nossa solidariedade por ataques que tanto ela [Dilma] como o governo vem sofrendo. Uma das nossas principais preocupações é a democracia. Queremos que movimentos sindicais trabalhem para fortalecer a democracia", acrescentou

Brasília - DF, 16/07/2015. Presidenta Dilma Rousseff durante reunião com Centrais Sindicais do Cone Sul - CCSCS no Palácio do Planalto. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Brasília - DF, 16/07/2015. Presidenta Dilma Rousseff durante reunião com Centrais Sindicais do Cone Sul - CCSCS no Palácio do Planalto. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR (Foto: Roberta Namour)


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Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil

Representantes de centrais sindicais de países da América do Sul se reuniram com a presidenta Dilma Rousseff na noite de ontem (17) e manifestaram apoio ao governo e preocupação com a continuidade da democracia no país. Sem citar diretamente o momento de instabilidade política pela qual passa o Brasil, os sindicalistas que estão em Brasília para 48ª Cúpula do Mercado Comum do Sul (Mercosul) fizeram um apelo em defesa do caráter democrático em toda a região.

Antonio Jara, coordenador das Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS), citou os casos de situações ocorridas recentemente pelos governos do Paraguai, Equador e da Argentina para comparar com a situação brasileira. "Nossa solidariedade por ataques que tanto ela [Dilma] como o governo vem sofrendo”, disse. “Uma das nossas principais preocupações é a democracia. Queremos que movimentos sindicais trabalhem para fortalecer a democracia", acrescentou.

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Andres Larisgottia, que participa do movimento sindical argentino, afirmou que a classe trabalhadora não pode ficar indiferente à conjuntura difícil. "Temos clareza de que com a ausência da democracia, quem mais sofre são trabalhadores e trabalhadoras", complementou Antonio Lisboa, representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Nas últimas semanas, a presidenta tem enfrentado a manifestação de setores que discutem possíveis pedidos de impeachment, com base em apreciações das contas do governo e da campanha presidencial que têm sido questionadas pelo Tribunal de Contas da União e o Tribunal Superior Eleitoral.

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Presente na entrevista aos jornalistas, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, disse que o governo não está preocupado com os últimos desdobramentos da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, e que não vê paralisia com a proximidade das ações com o Palácio do Planalto.

"O governo governa com uma liderança forte da presidenta Dilma. Tem trabalhado com muita intensidade seus programas, suas políticas públicas. Acompanha toda essa movimentação, colabora com todos processos de investigação e entende que é momento de fortalecimento das instituições no nosso país", disse.

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