Caso envolvendo família Maluf passa por última audiência em Jersey

O processo de suspeita de lavagem de dinheiro completa mais de uma década e envolve o congelamento de US$ 175 milhões. A Prefeitura de São Paulo reivindica US$ 22 milhões por desvio de obras públicas durante a gestão do ex-prefeito

Caso envolvendo família Maluf passa por última audiência em Jersey
Caso envolvendo família Maluf passa por última audiência em Jersey (Foto: Adriana Spaca/Folhapress)


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247 – O caso de suspeita de lavagem de dinheiro envolvendo o ex-prefeito Paulo Maluf será julgado nesta terça-feira, na última audiência na Corte Real de Jersey. O processo completa mais de uma década e envolve o congelamento de US$ 175 milhões. A Prefeitura de São Paulo reivindica parte dessa verba, cerca de US$ 22 milhões, por desvio de obras públicas durante a gestão Maluf (1993-1996). A decisão só deve ser divulgada nas próximas semanas.

A causa é um desdobramento das investigações do Ministério Público paulista sobre corrupção em obras como a construção da avenida Jornalista Roberto Marinho e o Túnel Ayrton Senna, ambos na zona sul da cidade.

O processo na Ilha de Jersey tem como rés duas empresas sediadas no exterior, a Durant International Corporation e a Kildare Finance Limited, que são controladas por filhos de Maluf, segundo as apurações da Promotoria. Em 1996, o deputado fez uma doação formal dos recursos para seus filhos e outros parentes. Na sequência, o dinheiro foi para contas da Durant e da Kildare em Jersey e outras na Suíça e na Inglaterra, segundo o Ministério Público.

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No Brasil, o Tribunal de Justiça de São Paulo negou, nesta segunda-feira (16), pedido de Paulo Maluf e de sua família para suspender o bloqueio de bens. Os advogados argumentaram que seus clientes estão com os bens indisponíveis por quase oito anos e que "não havia sentido na manutenção de uma medida por um período tão longo". A partir da movimentação financeira dos investigados, o Ministério Público disse que os envolvidos podem ter extorquido 440 milhões de dólares, que teriam sido remetidos ao exterior. Por conta disso, o processo, somando a multa estipulada, pede que sejam devolvidos US$ 1,78 bilhão.

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