Caso Battisti incita ódio dos italianos ao Brasil

Asilo poltico concedido ao ex-ativista italiano j provoca repercusses negativas; jogadores de vlei de praia foram agredidos num torneio em Roma; ministro italiano tambm diz que no assina acordo de cooperao area com o Brasil



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247 – Entre 1880 e 1930, o Brasil acolheu 25 milhões de imigrantes italianos. De todas as nações europeias, a Itália foi aquela que construiu laços mais sólidos com o Brasil. Mas os brasileiros que viajarem à Itália devem se preparar contra possíveis atos de hostilidade. Tudo por conta do caso Cesare Battisti, ativista de esquerda para uns e terrorista para outros, que obteve asilo político do governo brasileiro, numa decisão pessoal do ex-presidente Lula, em seu último dia de mandato.

Os italianos aguardavam uma decisão favorável do Supremo Tribunal Federal, que não veio. Na semana passada, o STF não apenas reconheceu a validade da decisão de Lula, como também determinou a expedição do alvará de soltura a Battisti, que estava preso. Depois disso, os sinais de hostilidade são explícitos. Ontem, num torneio de vôlei de praia em Roma, a dupla brasileira Allyson e Emanuel entrou em quadra sob uma chuva de laranjas do público italiano (assista ao vídeo do Globo Esporte).

Antes disso, o vice-ministro de Infraestrutura e Transporte da Itália, Roberto Castelli, afirmou que não vai assinar um acordo no setor de transporte aéreo com o Brasil. “O Brasil não terá nunca a minha assinatura”, disse Castelli, ao participar de uma reunião do Conselho de Ministros de Transportes da UE. Segundo ele, o gesto “é um pequeno, mas significativo, exemplo de protesto contra um país que demonstrou não ter nenhum respeito pela Itália”.

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Durante muitos anos, Cesare Battisti viveu livremente na França, onde construiu uma carreira de escritor, sem que isso causasse qualquer atrito diplomático com a Itália. Battisti era um dos beneficiados pela “doutrina Mitterrand”, que concedia liberdade a ativistas italianos que renunciassem à luta armada. Isso mudou com a chegada de Nicolas Sarkozy ao poder, o que fez com que fugisse para o Brasil.

Seus documentos definitivos, que lhe garantirão direitos praticamente idênticos aos dos cidadãos brasileiros, são aguardados para a próxima semana.

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