Carvalho quer “ponte" e "diálogo" com Black Blocs

No momento em que sociedade clama por repressão mais efetiva aos quebra-quebras nas ruas das grandes cidades, governo federal diz que "criminalização apenas não vai resolver"; posição foi dada pelo ministro Gilberto Carvalho, nesta terça-feira 29; "Estamos buscando com muita força esse diálogo", disse; ao menos tempo, porém, ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou viagens aos Rio de Janeiro e São Paulo para discutir ações de inteligência e repressão contra o vandalismo; vai ser na base da conversa ou do conflito?

No momento em que sociedade clama por repressão mais efetiva aos quebra-quebras nas ruas das grandes cidades, governo federal diz que "criminalização apenas não vai resolver"; posição foi dada pelo ministro Gilberto Carvalho, nesta terça-feira 29; "Estamos buscando com muita força esse diálogo", disse; ao menos tempo, porém, ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou viagens aos Rio de Janeiro e São Paulo para discutir ações de inteligência e repressão contra o vandalismo; vai ser na base da conversa ou do conflito?
No momento em que sociedade clama por repressão mais efetiva aos quebra-quebras nas ruas das grandes cidades, governo federal diz que "criminalização apenas não vai resolver"; posição foi dada pelo ministro Gilberto Carvalho, nesta terça-feira 29; "Estamos buscando com muita força esse diálogo", disse; ao menos tempo, porém, ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou viagens aos Rio de Janeiro e São Paulo para discutir ações de inteligência e repressão contra o vandalismo; vai ser na base da conversa ou do conflito? (Foto: Ana Pupulin)


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247 - O governo federal ainda acredita que é possível dialogar com os grupos de vândalos e baderneiros que, nos últimos dias, têm realizado em São Paulo uma série de quebra-quebras.

Crescem, no entanto, as indicações que a maioria da população exige uma repressão mais efetiva a esses grupos, conhecidos como Black Blocs. Pesquisa do Instituto Datafolha indicou que 95% dos moradores da maior cidade do País são contra a ação dos vândalos.

"Criminalizar apenas não vai adiantar", disse o ministro Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência da República, nesta terça-feira 29.  Ele afirmou que o governo federal esta empenhando em fazer "uma diagnóstico" dos grupos que estão saindo ás ruas para enfrentar a Polícia Militar e depredar patrimônio privado e público. 

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Estamos buscando com muita força esse diálogo para que consigamos achar uma saída eficaz porque a repressão é necessária, mas só reprimindo não vamos resolver na profundidade o problema", acrescentou.

Ao mesmo tempo, porém, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou viagens para o Rio de Janeiro e São Paulo para ter encontros com autoridades do setor de Segurança Pública. "Devem ser feitas análises de inteligência e investigação para aplicar as punições da melhor forma", disse ele.

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Abaixo, notícia da Agência Brasil com os posicionamentos do secretário-geral da Presidência e do ministro da Justiça:

Governo quer conhecer grupo Black Bloc para ter atuação mais eficaz contra vandalismo, diz ministro

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Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse hoje (29) que o governo está acelerando a busca de um diagnóstico mais preciso sobre o movimento Black Bloc no Brasil para ter uma atuação mais eficaz contra ações de vandalismo durante manifestações populares no país. Segundo ele, é preciso ir à raiz do problema para resolvê-lo.

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"Estamos em diálogo com a polícia, com as autoridades dos estados e também com a sociedade, com os movimentos juvenis, buscando ter rapidamente esse diagnóstico porque a simples criminalização imediata não vai resolver", disse Carvalho.

Segundo o ministro, a polícia deve fazer o combate à destruição, mas é preciso conhecer mais o movimento Black Bloc que vem atuando nos protestos pelo país desde junho. Ele disse que uma das maiores dificuldades é ausência de interlocutores do movimento para dialogar com o governo.

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"A linguagem aparente, insisto, aparente, é muito da destruição, da negação. Agora nós precisamos de alguma forma ter alguma ponte. Estamos buscando com muita força esse diálogo para que consigamos achar uma saída eficaz porque a repressão é necessária, mas só reprimindo não vamos resolver na profundidade o problema", disse.

Carvalho disse que concorda com a afirmação de algumas pessoas sobre a população ter ficado, de certa forma, "refém" do movimento. "O próprio esvaziamento das manifestações mostrou isso. A população começou a recuar frente à violência", disse. "O que nós queremos é impedir a violência, mas, ao mesmo tempo, ir à raiz do problema para entender essa questão e tomar medidas que resolvam".

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Black Bloc é o nome dado a uma estratégia de manifestação e protesto anarquista, na qual pessoas que têm afinidades, mascaradas e vestidas de preto, se reúnem durante as manifestações. O grupo tem atuado principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Edição: Fábio Massalli

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Cardozo se reunirá com secretários de Segurança do Rio e de São Paulo para discutir ações contra vandalismo

29/10/2013 

Aline Valcarenghi *
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou hoje (29) que vai se reunir com os secretários de Segurança do Rio de Janeiro e de São Paulo na próxima quinta-feira (31), para que possa ser discutida uma ação única a ser tomada contra os atos de vandalismo em manifestações públicas.

"Dialoguei durante o dia de ontem e de hoje com o secretário  Fernando Grella, secretário de Segurança Pública de São Paulo, e, na manhã de hoje, com o secretário Mariano Beltrame, secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro e nos parece que a situação exige que os órgãos de Segurança Pública compartilhem informações e tomem ações em conjunto", disse o ministro.

Na reunião, que terá também representantes da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Secretaria Nacional de Segurança Pública serão discutidas medidas de segurança pública para evitar  os atos de vandalismo. "Não quer dizer que nós devamos reprimir a liberdade de manifestação. Quer dizer que os órgãos de Segurança Pública devem fazer uma análise de inteligência, investigar e aplicar a punição da melhor forma possível às pessoas que transgridem a lei".

Além disso, Cardozo disse que está buscando, ainda para esta semana, uma reunião com o Conselho Nacional do Ministério Público, com a Ordem dos Advogados do Brasil e com o Conselho Nacional de Justiça para discutir a situação e "buscar um afinamento do Ministério Público e do Judiciário em relação ao vandalismo nas manifestações".

No caso específico de São Paulo foi acertado ontem com um encontro entre a Secretaria de Segurança do estado com representantes da PRF para que eles possam tecer considerações operacionais de forma a melhor segurança na Rodovia Fernão Dias, que é federal, e também para as pessoas que moram no entorno e que nas últimas manifestações sofreram danos.

O ministro da Justiça ainda disse que São Paulo não solicitou a atuação da Força Nacional. "São Paulo tem um grande e competente efetivo que pode atuar no reforço". Apesar disso está havendo um reforço da PRF na Fernão Dias, que deve chegar ainda hoje do Rio de Janeiro. Por questões de segurança, o ministro não revelou o efetivo.

Cardozo conversou com a imprensa logo depois de assinar o Protocolo de Atuação para a Redução de Barreiras de Acesso à Justiça para a Juventude Negra em Situação de Violência. O documento prevê esforços para elaboração e ajuste de políticas públicas e implementação de outras medidas administrativas que visem a assegurar o enfrentamento ao racismo e a promoção de igualdade racial da juventude negra brasileira.

Na tarde de hoje, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella, disse que o contato ontem com o ministro da Justiça foi para acertar uma estratégia entre a Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal na Rodovia Fernão Dias. “Temos necessidade de atuar conjuntamente, foi nesse sentido nosso contato com ele, porque é a Polícia Rodoviária Federal que tem essa atribuição de patrulhamento daquela rodovia”.

Na tarde de hoje, Grella participou de uma reunião com o comando da Polícia Rodoviária Federal e disse que o objetivo do encontro foi definir estratégias, devido aos fatos excepcionais ocorridos ontem na Fernão Dias. O secretário ressaltou que a Fernão Dias tem características de urbanização muito próximas, o que favorece esse tipo de ocorrência.

Na noite de ontem, a Rodovia Fernão Dias foi bloqueada por manifestantes durante um protesto contra a morte do estudante Douglas Rodrigues, baleado por um policial militar no domingo. “Já tivemos em um passado recente vários casos de roubos e assaltos contra usuários da rodovia. É algo que vem nos preocupando e por essa razão entendemos que devemos ter estratégias específicas para este local. Entre os pedidos feitos ao ministro estava o restabelecimento do posto da polícia rodoviária que já existiu ali” .

Sobre as manifestações e toques de recolher que continuam na zona norte hoje, Grella ressaltou que o governo estadual já tomou providencias para acompanhar a situação. “Já há o deslocamento de forças especiais para aquela área”. O secretário considerou que a Polícia Militar atuou adequadamente e de acordo com as normas. “Nesse tipo de ocorrência não se tem controle e não se sabe como ela se desenvolve, então não é possível presumir todas as situações”.

* Colaborou Flávia Albuquerque, de São Paulo

Edição: Fábio Massalli

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