Cardozo rebate FHC: não se investigava a corrupção
Ministro da Justiça diz que corrupção começou no passado, mas não era investigada; "Há muita coisa no passado que foi arquivada, engavetada. Hoje se pode detectar, apurar e punir com uma dimensão que não havia no passado", afirmou José Eduardo Cardozo em entrevista, alfinetando o ex-presidente Fernando Henrique Cardozo; ele citou a criação de institutos novos, como o fortalecimento da Controladoria Geral da União (CGU) e mecanismo de transparência, e o fato de o governo ter assegurado a autonomia da Polícia Federal e respeito ao Ministério Público, nomeando pessoas que investigam; para Cardozo, "quando se combate a corrupção, você a evidencia à luz do sol e se cria uma sensação de que não existia antes"
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247 – O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, alfinetou nesta quinta-feira 14 o ex-presidente Fernando Henrique Cardozo ao afirmar que existia corrupção no passado, mas não era investigada. "Há muita coisa no passado que foi arquivada, engavetada. Hoje se pode detectar, apurar e punir com uma dimensão que não havia no passado", disse Cardozo, em entrevista ao jornalista Mario Sergio Conti, na GloboNews.
Cardozo destacou que o Brasil deu um verdadeiro salto de qualidade no combate à corrupção nos últimos anos. "Nunca se investigou a corrupção no País como hoje se investiga. Mas é preciso ir além", ressaltou. Ele citou como exemplo para a conquista a criação, pelo governo federal, de institutos novos, como o fortalecimento da Controladoria Geral da União (CGU) e mecanismo de transparência, e o fato de o governo ter assegurado a autonomia da Polícia Federal e respeito ao Ministério Público, nomeando pessoas que investigam.
De acordo com o ministro, a decisão de combater a corrupção na última década também representou um risco para o governo, hoje bombardeado de críticas como se fosse a única gestão a ter cometido atos irregulares. "Quando se combate a corrupção, você a evidencia à luz do sol e se cria uma sensação de que não existia antes. É como uma doença oculta, que quando você descobre, você percebe o incômodo", disse.
Questionado sobre uma possível demora na regulamentação da Lei de Combate à Corrupção, o ministro explicou que a maior parte dos dispositivos da legislação é autoaplicável. E explicou que o governo despendeu tempo debatendo os aspectos jurídicos para evitar uma regulamentação açodada. "Não ficou inibida a aplicação de nenhum dispositivo da lei nesse período", acrescentou.
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