Cardozo justifica: Surgiram “fatos novos”
Ministro da Justiça disse a comissões da Câmara e do Senado, na semana passada, que a ex-secretária da Presidência Rosemary Noronha, alvo da Operação Porto Seguro, não fazia parte da quadrilha por ser uma "mera funcionária", subordinada ao grupo criminoso; neste sábado, quando anunciou o fim da investigação, a PF informou ter indiciado a ex-secretária também pelo crime de quadrilha
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247 – Uma questão ficou no ar quando a Polícia Federal anunciou, neste sábado, a conclusão da Operação Porto Seguro e, com ela, duas notícias. O total de indiciados foi 23 e Rosemary Noronha, antes indiciada pela PF por três crimes, levou a quarta acusação: formação de quadrilha.
"Fatos novos surgiram a partir da análise de documentos apreendidos", justificou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. A própria PF também deu a mesma explicação para a mudança no inquérito. De acordo com a instituição, o novo indiciamento era decorrente da análise de documentos apreendidos no gabiente da Presidência em São Paulo, que era chefiado por Rosemary. O ministro também afirmou considerar o indiciamento "natural e correto".
Na última semana, quando Cardozo depôs a parlamentares da Câmara e do Senado sobre o que sabia da investigação, ele declarou que Rosemary atuava apenas como uma "mera funcionária", subordinada ao grupo criminoso, mas não parte dele. Ele nega, porém, qualquer "descompasso" entre o relato e a investigação.
"Deixei claro aos senhores deputados e senadores que poderia até haver novos indiciamentos se surgissem fatos novos a partir da análise do material apreendido na operação. Seguramente, não houve nenhum descompasso entre o meu relato no Congresso e a investigação". Justamente por Rosemary não ter sido indiciada, até então, pelo crime de quadrilha, Cardozo afirmou no Congresso que não havia uma quadrilha atuando no seio da Presidência.
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