Cardozo dirá que não se surpreendeu com operação da PF

Em depoimento no Congresso marcado para esta terça-feira, o ministro da Justiça pretende dizer que tanto ele quanto a presidente Dilma respeitam que a atuação da PF não tenha interferência de instâncias superiores e que a Operação Porto Seguro estava ocorrendo em segredo de Justiça

Cardozo dirá que não se surpreendeu com operação da PF
Cardozo dirá que não se surpreendeu com operação da PF (Foto: FABIO RODRIGUES-POZZEBOM/ABR)


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247 – Pressionado por supostamente não ter mais controle sobre a Polícia Federal, especialmente diante da deflagração da Operação Porto Seguro, que atingiu até o gabinete da Presidência da República, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, será obrigado a se explicar a quatro comissões no Congresso, duas no Senado e duas na Câmara.

Nesta terça-feira, quando estará de frente para os parlamentares, Cardozo pretende dizer que não foi surpreendido pela PF e que recebeu uma ligação do diretor-geral da corporação, Leandro Daiello, na véspera. O fato, dirá ele, foi reportado à presidente Dilma Rousseff imediatamente, segundo a coluna Painel, da Folha de S.Paulo.

Segundo o ministro, ele chegou a ser informado da busca no gabinete presidencial em São Paulo às 6h da sexta-feira, dia em que foi feita a batida. "Cardozo afirma a interlocutores ter conversado com o general José Elito, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, de quem recebeu garantia de que o mandado judicial era regular. A operação atrasou porque um agente do GSI acompanhou os trabalhos, a pedido da Justiça Federal", informa nota da Folha.

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De acordo com reportagem do jornal Valor Econômico, Cardozo dirá que não teve acesso pleno às informações da PF por ter sido cuumpridas ordens judiciais em segredo de Justiça. A apreenção do computador de Rosemary que estava no gabinete, no entanto, não poderia ter ocorrido sem o conhecimento do ministro, que ficou sabendo da ação pouco tempo antes. Por isso, o superintendente da PF em São Paulo, Roberto Troncon, telefonou para Cardozo a fim de se sertificar que o ministro estaria na capital aquele dia.

"O ministro dirá aos parlamentares que são despropositadas as informações de que suas relações com a presidente teriam ficado estremecidas depois da operação", diz a reportagem do Valor. Segundo ele, os dois respeitam que a atuação da PF não tenha interferência de instâncias superiores e se a corporação se submetesse ao ministro ou à Presidência, estaria quebrando o sigilo.

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Na semana passada, Cardozo justificou que não havia nada a ser feito, pois a operação da PF era legal. "Vou chegar e dizer para não cumprir o mandado porque é do meu partido? Tenho que avisar para ele fugir?", questionou o ministro. Quanto a ter ou não o controle sobre a corporação, ele disse que nunca foi cobrado por isso.

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