Camargo Corrêa confirma cartel em Angra 3

Empreiteira Camargo Corrêa entregou ao Cade um email que cita conversas de executivos de construtoras com a Eletronuclear sobre estratégias e preços que seriam apresentados pelo cartel que rateou licitação de Angra 3; os executivos fizeram um acordo que previa a desistência de um dos lotes por parte do grupo, repassando-o às outras construtoras integrantes do esquema; a iniciativa tinha como objetivo de aumentar o preço do contrato o máximo possível

Empreiteira Camargo Corrêa entregou ao Cade um email que cita conversas de executivos de construtoras com a Eletronuclear sobre estratégias e preços que seriam apresentados pelo cartel que rateou licitação de Angra 3; os executivos fizeram um acordo que previa a desistência de um dos lotes por parte do grupo, repassando-o às outras construtoras integrantes do esquema; a iniciativa tinha como objetivo de aumentar o preço do contrato o máximo possível
Empreiteira Camargo Corrêa entregou ao Cade um email que cita conversas de executivos de construtoras com a Eletronuclear sobre estratégias e preços que seriam apresentados pelo cartel que rateou licitação de Angra 3; os executivos fizeram um acordo que previa a desistência de um dos lotes por parte do grupo, repassando-o às outras construtoras integrantes do esquema; a iniciativa tinha como objetivo de aumentar o preço do contrato o máximo possível (Foto: Leonardo Lucena)


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247 – A empreiteira Camargo Corrêa entregou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) um email que cita conversas de executivos de construtoras com a Eletronuclear sobre as estratégias e os preços que seriam apresentados pelo cartel que rateou licitação de Angra 3 (RJ). As discussões ocorreram em novembro de 2013, dois meses antes da licitação.

Funcionários da Eletronuclear teriam orientado os empreiteiros suspeitos de formar o cartel a produzir uma proposta na qual somente um dos consórcios, formado por Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Odebrecht e UTC Engenharia, levaria os dois lotes em disputa.

Os executivos fizeram um acordo que previa a desistência de um dos lotes por parte do grupo, repassando-o às outras construtoras integrantes do esquema. A iniciativa tinha como objetivo de aumentar o preço do contrato o máximo possível. Mas não consta nos documentos do Cade quais executivos da Eletronuclear participaram das negociações na ocasião.

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Segundo a Camargo Corrêa, também participaram do cartel a Queiroz Galvão, a Empresa Brasileira de Engenharia (EBE) e a Techint.

O Cade afirma, no relatório, que as construtoras queriam que cada consórcio ganhasse um dos lotes, mas a proximidade dos preços oferecidos por de cada grupo poderia causar maior desconfiança de combinação prévia. Os emissários da Eletronuclear defenderam nas conversas a estratégia de um só ganhador para os dois lotes e o recuo futuro, o que aconteceu.

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"Em conversa com o cliente (Eletronuclear) notou-se desconforto (...) Reformulou-se, então, a decisão", diz o e-mail.

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