Cachoeira conseguiu avião para ajudar Cavendish

A aeronave foi emprestada pelo suplente no Senado Atades de Oliveira (PSDB-TO), aps o acidente de helicptero que causou a morte da mulher do empresrio, em junho de 2011. At ento, o ex-presidente da Delta dizia que desconhecia a ligao com o grupo do bicheiro

Cachoeira conseguiu avião para ajudar Cavendish
Cachoeira conseguiu avião para ajudar Cavendish (Foto: Divulgação_Eduardo Knapp/Folhapress)


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247 – Com a ajuda de Carlinhos Cachoeira, o empresário da Delta, Fernando Cavendish, conseguiu o avião do suplente do senador João Ribeiro (PR-TO), Ataídes de Oliveira (PSDB-TO) emprestado, logo após o acidente de helicóptero que causou a morte de sua mulher, em junho de 2011. Quem intermediu o contato foi o ex-diretor da Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, preso pela Polícia Civil do Distrito Federal na semana passada. Até então Cavendish alegava que desconhecia a ligação entre Abreu e o grupo do bicheiro.

Leia mais na matéria do Globo:

O contraventor Carlinhos Cachoeira providenciou a liberação de um avião para prestar ajuda ao ex-presidente da Delta Fernando Cavendish, após o acidente de helicóptero que causou a morte da mulher do empresário, em junho de 2011.

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O pedido foi feito a Cachoeira um dia após a tragédia, no litoral baiano, pelo ex-diretor da Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, preso pela Polícia Civil do Distrito Federal na semana passada. A aeronave foi emprestada pelo suplente do senador João Ribeiro (PR-TO), Ataídes de Oliveira (PSDB-TO), amigo de Cachoeira e, à época, no exercício do mandato no Senado.

O objetivo do empréstimo do avião, de acordo com conversa telefônica interceptada pela Polícia Federal entre Cachoeira e Ataídes, era conduzir Cavendish e Cláudio Abreu da Bahia rumo ao Rio de Janeiro. Na Bahia, antes do acidente, Fernando Cavendish comemoraria seu o aniversário na companhia de familiares e amigos, como o governador do Rio, Sérgio Cabral. A tragédia resultou na morte de sete pessoas.

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O ex-presidente da Delta vem sustentando que desconhecia a ligação entre Cláudio Abreu e o grupo do bicheiro Cachoeira.

Abreu faz o pedido a Carlinhos Cachoeira em 18 de junho, sábado. O ex-executivo da Delta aparece como o porta-voz de uma solicitação do diretor de operações da empresa no Rio, Dionisio Janoni Tolomei, que estaria enfrentando dificuldade para encontrar uma aeronave disponível na cidade do Rio.

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— Será que seria demais pedir o avião do Ataíde emprestado, cara? — pede Abreu.

— Pode ligar para ele aí. Liga aí — autoriza Cachoeira.

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— Tá uma dificuldade. (...) O diretor lá do Rio, o Dionísio, me pediu ajuda. Tá pedindo até pra mim ir pra lá (Bahia). Tô combinando de ir para lá amanhã, pela manhã — explica Abreu.

Em outra ligação, logo após o próprio Cachoeira telefonar para o então senador Ataídes e pedir o empréstimo do avião, Abreu lamenta profundamente o acidente e pede ao contraventor que envie uma mensagem de condolências para Fernando Cavendish.

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— Mandei uma mensagem para ele. Depois você manda uma mensagem também. Telefone, ele não tá atendendo, mas mensagem ele tá respondendo. Me emocionei com a mensagem que ele me respondeu — relata Abreu.

Na conversa com Ataídes de Oliveira para pedir a aeronave emprestada, Carlinhos Cachoeira explica que “Fernando” está acompanhado do governador do Rio, Sérgio Cabral. Porém, não menciona se a aeronave serviria ou não para transportar também Sérgio Cabral.

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— O Cláudio (Abreu) ligou mais cedo, contando a história do Fernando. Eu falei: “Caramba, meu Deus” — relata Ataídes.

— Tava lá com o governador do Rio. O Sérgio.... como é que chama? — questiona Cachoeira.

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— É o bom de fala. O Sérgio Cabral. Você não vai, não? — pergunta Ataíde.

— Não. É só o Cláudio. O Cláudio vai lá no Fernando. E o Fernando vai no Rio com o Cláudio, entendeu? — explica o contraventor.

Os advogados de Carlinhos Cachoeira e da Delta Construções vêm afirmando que não podem se manifestar sobre conversas telefônicas interceptadas dentro do processo judicial, divulgadas de forma pinçada e descontextualizada. Ontem, a reportagem procurou Ataídes de Oliveira, porém ele não retornou aos contatos até o fechamento desta edição.

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