Cabral antecipa reajuste de bombeiros

Pressionado, o governador do Rio concede aumento de 5,58%; grevistas ironizam deciso



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Pressionado por bombeiros que protestam há quase uma semana por melhores salários, o governo do Rio de Janeiro decidiu antecipar parte do aumento previsto para os servidores da corporação, que deverão receber vencimentos 5,58% maiores em julho. O governador Sérgio Cabral estendeu o benefício a policiais civis, militares e agentes penitenciários, que nos últimos dias vêm demonstrando apoio ao movimento iniciado pelos bombeiros.

A determinação de Cabral antecipa em seis meses os aumentos previstos até dezembro no plano gradual de aumento de salários dos servidores das quatro categorias, previsto para 48 meses, com 0,915% de aumento a cada parcela. Com a decisão, os reajustes anunciados para o segundo semestre serão concentrados em julho. Os manifestantes exigem imediata elevação do piso salarial da corporação de R$ 950 para R$ 2000.

Porta-voz dos bombeiros presos, o cabo Laércio Soares ironizou a antecipação do reajuste salarial de 5,58% para a categoria concedida hoje pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Além dos bombeiros, o aumento contempla policiais militares, policiais civis e agentes penitenciários. "Agradecemos a benevolência do nosso governador, mas está muito longe do nosso pleito. Além disto, mesmo que ele concedesse um salário base de R$ 5 mil, a nossa luta continuaria, pois o foco agora é a liberdade e a anistia para nossos colegas presos", afirmou Soares.

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Caso o soldo (piso salarial) dos bombeiros seja R$ 1.114, como alega o governo do Rio, o aumento concedido por Cabral é de R$ 62. Os bombeiros alegam que o piso da categoria é de R$ 950 e sobre este valor o aumento seria de R$ 53,01 nos contracheques. O movimento iniciado pelos guarda-vidas reivindica um salário líquido de R$ 2 mil, vale transporte e melhores condições de trabalho.

Cabral também decidiu retirar o Corpo de Bombeiros do escopo da Secretaria de Saúde do Estado e criou uma Secretaria de Defesa Civil, que será comandada pelo novo Comandante do Corpo de Bombeiros, Coronel Sérgio Simões. Ele está à frente da corporação desde sábado, um dia depois que manifestantes invadiram o quartel central dos bombeiros.

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Integrantes da Polícia Militar (PM) e do Corpo de Bombeiros mineiros decidiram encerrar o estado de greve em que estavam há cerca de um mês. Ao contrário dos agentes e delegados da Polícia Civil, os militares aceitaram a proposta do governo, de reajuste parcelado até 2015. Pela proposta, a categoria vai receber 10% de reajuste em outubro, 12% um ano depois, 10% em outubro de 2013, 15% em julho de 2014, 12% em dezembro do mesmo ano e 15% em abril de 2015.

Na assembleia realizada até o início da noite de ontem, os militares ficaram divididos, mas, segundo o subtenente Luiz Gonzaga Ribeiro, integrante da direção da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas (Aspra), houve votação e a proposta foi aceita.

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"Era o que nós queríamos. O governo parcelou até 2015, mas percebemos que (as negociações) estavam no limite. Essa questão de efetivo tem que ser reivindicação institucional", disse, referindo-se ao principal pleito dos policiais civis, que, além do reajuste, querem também a realização de concurso para contratação de pessoal.

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