Bruno manda carta à TV e perde emprego na cadeia

Através de seu advogado, ex-goleiro entregou carta alegando inocência a Ricardo Carlini, apresentador da TV Alterosa, afiliada do SBT em Minas. Decisão de suspender o trabalho do detento é temporária e pode ser restabelecida após o ex-jogador ser ouvido

Bruno manda carta à TV e perde emprego na cadeia
Bruno manda carta à TV e perde emprego na cadeia (Foto: Edição/247)


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Minas 247 – A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) resolveu punir o ex-goleiro Bruno por ter enviado uma carta ao apresentador de TV Ricardo Carlini sem autorização do órgão. A carta foi entregue à produção do programa TV Verdade, da TV Alterosa, afiliada do SBT em Minas pelo advogado de Bruno, Rui Pimenta. Segunda a Seds, todo documento que sai do estabelecimento prisional deve ter prévia autorização da Secretaria. O ex-goleiro do Atlético Mineiro e Flamengo perde temporariamente o trabalho de faxina que faz todos os dias na Penitenciária Nelson Hungria. De acordo com a Lei de Execuções Penais, para cada dia trabalhado, o detento tem descontado um dia na pena.

Ricardo Carlini leu o a carta em seu programa. Nela, Bruno mostra ser um dedicado religioso e jura inocência. “Te confesso, pelo 'sangue de Cristão Jesus' que nunca desejei ou determinei a quem quer que seja o desaparecimento de Eliza Samudio”, diz o goleiro no texto.

Confira a matéria do jornalista João Henrique do Vale, do jornal Estado de Minas

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O goleiro Bruno Fernandes foi afastado, temporariamente, do trabalho de faxina que realiza diariamente na Penitenciária Nelson Hungria, em Nova Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte. A punição recebida pelo atleta se deu depois que ele enviou uma carta ao público endereçada ao apresentador do TV Verdade, da TV Alterosa, Ricardo Carlini, que foi divulgada nessa sexta-feira. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também será notificada pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) pelo fluxo de cartas realizada pelos advogados do detento. Desde a última semana, esse é o segundo documento escrito por Bruno que foi revelado pela imprensa.

Segundo a Seds, todas as correspondências escritas por presos têm de passar por um departamento específico para registrar e conferir o teor do documento. O objetivo é de resguardar a segurança da sociedade e da unidade prisional. O goleiro não respeitou as normas e entregou diretamente o bilhete a seu advogado, Rui Caldas Pimenta, que entregou ao apresentador. Por isso, a punição ao atleta. Além do emprego, Bruno ficará recolhido em sua cela, com o direito das duas horas de banho de sol.

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Com o trabalho realizado na penitenciária o goleiro recebe o benefício da reemissão de pena, ou seja, a cada três dias trabalhado ele deixa de cumprir um dia na cadeia. Com a punição, o benefício também foi suspenso. Já o salário que ganha com a faxina, de R$ 466,50, ainda não foi esclarecido pela secretaria se o atleta continuará recebendo. Na próxima segunda-feira, Bruno será ouvido pela Comissão Disciplinar do Complexo Prisional, que vai determinar o fim do recolhimento em cela ou o prazo de extensão da medida.

Essa foi a segunda carta escrita por Bruno que veio a público em menos de sete dias. Na primeira, o atleta pediu para, o até então fiel escudeiro, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, realizar o plano B, que seria imputar a responsabilidade pela morte da modelo Eliza Samudio sobre Macarrão. No novo documento, divulgado nessa quinta-feira, o atleta assume publicamente a paternidade de Bruninho, filho que teve com Eliza. Também diz que seu maior erro foi ter confiado em algumas pessoas, mas que vai provar a sua inocência para todos.

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Na carta, Bruno mostra ser um homem religioso e se diz inocente. “Te confesso, pelo 'sangue de Cristão Jesus' que nunca desejei ou determinei a quem quer que seja o desaparecimento de Eliza Samudio”, disse na carta. O goleiro também afirma que o filho da modelo nunca deixou de ter um pai. “Gostaria de acrescentar que Bruninho tem sim um pai, aliás, sempre teve e vou honrá (SIC) esse compromisso perante a sociedade”, afirma.

O atleta voltou a citar a sua inocência em outros dois trechos da carta. Em uma das citações, Bruno afirma que o maior problema na vida dele foi ter confiado em algumas pessoas, sem citar nomes. “Talvez o único erro na minha vida foi ter confiado em algumas pessoas, mas vou lutar com todas as forças para provar para o mundo que sou inocente”, contou.

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