Brasileira é barrada no aeroporto de Madri e espera deportação
Uma comerciária de 38 anos, moradora em Cianorte, que viajava com o filho de apenas 2 anos, foi barrada na manhã de ontem no Aeroporto de Barajas, em Madri; Elisregina Vieira desembarcou na Espanha partindo de São Paulo em um voo da Air China por volta das 9 horas; segundo familiares, a imigração encontrou irregularidades na documentação e a encaminhou para uma "sala de não admitidos" até que ela seja deportada; a família pede o retorno imediato, mas as autoridades espanholas informaram que ela só embarcará de volta para o Brasil na quinta (23)
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Folhaweb - Uma comerciária de 38 anos, moradora em Cianorte, que viajava com o filho de apenas 2 anos, foi barrada na manhã de ontem no Aeroporto de Barajas, em Madri. Elisregina Vieira desembarcou na Espanha partindo de São Paulo em um voo da Air China por volta das 9 horas. Segundo familiares, a imigração encontrou irregularidades na documentação e a encaminhou para uma "sala de não admitidos" até que ela seja deportada. A família pede o retorno imediato, mas as autoridades espanholas informaram que ela só embarcará de volta para o Brasil na quinta-feira.
De acordo com o filho mais velho de Elisregina, Alan Vieira da Silva, de 21 anos, que mora em Cianorte, a mãe já morou em Madri e tinha a "permissão de residência", mas como passou mais de 180 dias no Brasil, o documento perdeu a validade. "Ela seguia com o meu irmão em uma viagem de turismo, inclusive está empregada como etiquetadora em uma loja de roupas aqui em Cianorte", contou. Além disso, a brasileira portava uma carta-convite de uma família espanhola, o que, segundo as autoridades, não é garantia de entrada no país.
Alan Vieira disse que conversou com a mãe por telefone. Ela contou que estava trancada em uma sala coletiva sem janela no aeroporto e que a criança estava com febre. "Nenhum médico foi lá para atender o menino, uma amiga da minha mãe ligou na polícia e eles disseram que ela tinha recusado atendimento. Mentira", criticou. A família no Brasil agora vive o drama da espera por informações, que chega por meio da família que a hospedaria em Madri.
CAMPANHA
O Grupo de Mulheres Brasileiras em Madri, que tem quase duas mil participantes em uma rede social, começou uma campanha para agilizar a deportação de Elisregina e do pequeno Adriam. De acordo com Rosângela Battistella, o governo espanhol informou que são oferecidas três refeições diárias, com mamadeiras e berços para as crianças. "Não questionamos os procedimentos de imigração, mas o que não pode é uma mãe ficar trancada tanto tempo com um bebê", expôs.
Rosângela contou que o Consulado Brasileiro pediu relato da situação para o governo espanhol, porém o que dificulta, segundo ela, é que não há assessoria jurídica nestes casos. "Os amigos contrataram um advogado, mas eles são muito rígidos com documentação. Que sirva de alerta para os brasileiros que queiram vir para cá, é preciso estar com tudo em dia", aconselhou.
O cônsul-honorário da Espanha em Curitiba, Saturnino Hernando Gordo, informou que, fatalmente, este é o procedimento padrão adotado em casos de falta de documentação exigida. "Não entra, não adianta. Aqui no Brasil acontece a mesma coisa com espanhóis nesta condição", comparou. O cônsul justificou que a deportação depende da disponibilidade de voos. Sobre o fato de mãe e filho de dois anos passarem três dias trancados em uma sala sem janela, o cônsul respondeu apenas que "eles tratam bem" e desligou o telefone.
Por meio de nota, o Ministério das Relações Exteriores informou que o Consulado Geral em Madri foi informado da inadmissão e enviou agente ao aeroporto para prestar a assistência cabível aos brasileiros. "A espera de quatro dias se deve à indisponibilidade de voos para o regresso dos brasileiros antes da quinta-feira", finaliza a nota.
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