Brasil usará arma que matou brasileiro na Austrália

Programa do governo federal "Crack, é possível vencer" prevê a distribuição de armas de choque 'Taser', a mesma usada contra o brasileiro Roberto Curti, morto por policiais em Sidney; lá, a justiça recomendou punição aos agentes envolvidos

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247 – A mesma arma de choque utilizada por policiais na Austrália contra um brasileiro, que morreu depois de diversos choques, será usada no Brasil contra dependentes de crack. A distribuição da 'Taser', como é chamada, além de sprays de pimenta, está prevista no programa do governo federal "Crack, é possível vencer", conforme noticiou nesta quarta-feira a Folha de S.Paulo.

De acordo com o jornal, a orientação para o uso desse tipo de armamento é da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública). Segundo o ministério da Justiça, a intenção é que "os policiais tenham opções menos letais, principalmente para situações em que existem aglomerados de pessoas".

Apesar de a arma não ser letal, o estudante Roberto Curti não resistiu depois de levar 14 descartas elétricas, mesmo já estando detidos pelos agentes. Médicos concordam com o fato de que se o choque é aplicado próximo ao coração, a morte é possível, mas cardiologistas não consideraram que os choques da Taser foram definitivos para a morte do estudante.

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A justiça australiana, portanto, recomendou apenas ações disciplinares contra os agentes envolvidos, não considerando o episódio um crime. Roberto Curti estava sob o efeito de LSD quando foi detido, o que pode ter acelerado seus batimentos cardíacos.

Leia abaixo noticiário da Agência Brasil sobre o assunto:

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Justiça da Austrália recomenda medidas disciplinares contra policiais que agrediram estudante brasileiro

Renata Giraldi - Depois de oito meses da morte do estudante brasileiro Roberto Laudisio Curti, de 21 anos, durante ação policial na Austrália, a Justiça australiana recomendou nesta quarta-feira 14 medidas disciplinares contra os cinco policiais envolvidos no episódio. O estudante morreu depois de ser atingido por choques elétricos, em 18 de março.

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A juíza de instrução Mary Jerram destacou que a morte de Curti podia ter sido evitada se não fosse o comportamento "imprudente" e "perigoso" dos policiais. Segundo ela, algumas provas apresentadas são insuficientes e recomendou que as ações dos agressores sejam analisadas pela Comissão de Integridade da Polícia.

O estudante foi morto durante uma perseguição policial, após o roubo de um pacote de bolachas em uma loja no centro da cidade de Sydney. Porém, a juíza Mary Jerram disse que não foi possível determinar a causa exata da morte de Curti. Há informações de que o estudante fez uso de  LSD e teve alucinações.

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Curti morava em Sydney há menos de um ano e foi para a Austrália estudar inglês. Ele dividia a moradia com amigos, mas tinha uma irmã vivendo na cidade e casada com australiano. O Ministério das Relações Exteriores, a Embaixada do Brasil na Austrália e o consulado em Sydney acompanham os desdobramentos do caso.

Em março, quando o estudante morreu, o cônsul-geral do Brasil na Austrália, Américo Fontenelle, acompanhou pessoalmente as investigações em contato a família de Curti, segundo informações do Itamaraty.

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