Brasil reavalia construção de usinas nucleares
Segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energtica, Maurcio Tolmasquim, reavaliao decorre dos incidentes com a usina de Fukushima, no Japo, este ano
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O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, afirmou que a construção de novas usinas nucleares no Brasil está em reavaliação após os incidentes com a usina de Fukushima, no Japão, este ano. "Tínhamos no plano de médio prazo a construção de quatro usinas até 2030, mas essa é uma questão que está em suspensão justamente por conta do que aconteceu", disse o executivo durante evento, hoje, sobre planejamento energético, realizado pela Abdib.
De acordo com o Tolmasquim, o único projeto previsto no curto prazo é o a da construção de Angra III, cujas obras já estão sendo tocadas pela Eletronuclear. Apesar de estar revendo a construção das outras quatro usinas, o executivo afirmou que o governo não está descartando investimentos em energia nuclear no Brasil. "A fonte não está descartada. Estamos vendo o que está acontecendo no mundo para tomar uma decisão cautelosa. Não temos pressa", disse.
O presidente da EPE lembrou que o Brasil atualmente detém a sexta maior reserva de urânio do mundo, além de ser um dos poucos países que domina todo o ciclo de enriquecimento do material nuclear. Isso, portanto, leva o governo a aguardar o melhor momento para decidir sobre novos investimentos. "Hoje, o Brasil tem uma situação energética muito boa, com muita oferta de energia. Temos tempo para decidir sobre investimentos em energia nuclear", disse Tolmasquim, ressaltando que a matriz elétrica brasileira nos próximos anos deverá ser constituída basicamente por hidrelétricas, usinas eólicas, de biomassa e térmicas a gás.
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