Brasil campeão mundial. Dos juros altos

O Pas est no topo do ranking das taxas mais elevadas entre as 40 principais economias do planeta



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Entre as 40 principais economias do mundo, 29 têm juro real negativo. Apenas dez países mostram juro real positivo e um deles pratica taxa de 0% ao ano. O juro real mais alto é o brasileiro, com taxa de 6,8% ao ano. O segundo lugar é do Chile, que tem juro real de 1,5% anual. Os dados são de levantamento feito por Jason Vieira, da Cruzeiro do Sul Corretora. Economistas explicam que a atual configuração do ranking se dá, basicamente, por dois motivos. O primeiro tem a ver com a crise financeira de 2008, que forçou a redução das taxas de juros ao redor do mundo, ao ponto de deixá-las negativas. O objetivo dos países com o recuo é tentar aquecer a suas economias.

O segundo fator - e que explica porque o Brasil é o líder (com folga) da listagem - está relacionado à alta taxa básica de juros (Selic) para conter a inflação no País. Na quarta-feira, o Banco Central elevou novamente a Selic em 0,25 ponto porcentual, para 12,25% ao ano, reforçando a posição brasileira na listagem. “Agora, o Brasil está em primeiro com taxa real de 6,8% porque a inflação do País obrigou o Banco Central a subir a Selic”, comenta Rafael Martelo, economista da Tendências Consultoria.

Na quarta-feira, 8, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, elevou em 0,25 ponto percentual a taxa básica de juros (Selic) para 12,25% ao ano. Os analistas do mercado financeiro já esperavam esse novo aumento, que é o quarto seguido sob o comando de Alexandre Tombini na presidência do BC. Em seis meses (quatro reuniões do Copom), a Selic aumentou 1,5 ponto percentual. Esse é o maior nível da taxa básica de juros desde janeiro de 2009, quando o juro da economia brasileira estava em 12,75% ao ano.

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O BC quer diminuir o ímpeto consumista da população, que não ficou menor mesmo com os últimos aumentos da Selic, para reduzir a pressão sobre a inflação. A alta de 0,25 ponto porcentual do juro básico da economia hoje era a aposta unânime entre as 75 casas consultadas pela Agência Estado. Para todos os analistas financeiros ouvidos, o Copom foi claro em sua comunicação desde o último encontro, ocorrido em abril. A última vez em que houve unanimidade entre as instituições do mercado financeiro sobre a decisão do Copom foi em outubro de 2010.

Em nota, o BC justifica a necessidade da nova alta: “considerando o balanço de riscos para a inflação, o ritmo ainda incerto de moderação da atividade doméstica, bem como a complexidade que envolve o ambiente internacional, o Comitê entende que a implementação de ajustes das condições monetárias por um período suficientemente prolongado continua sendo a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta em 2012”.

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A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 19 e 20 de julho. A ata da reunião de hoje será divulgada pelo BC na quinta-feira da próxima semana, dia 16.

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