Brasil atuará com "mão firme" para explorar Margem Equatorial, diz ministério

Secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Efrain Cruz, ressaltou esforço da pasta apesar das negativas do Ibama para avançar na exploração de petróleo e gás na região

Plataforma da Petrobras em Campos
Plataforma da Petrobras em Campos (Foto: REUTERS/Jamil Bittar)


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Reuters - O Brasil atuará com "mão firme" para cumprir etapas ambientais e avançar na exploração de petróleo e gás na Margem Equatorial brasileira, extensa região na costa norte do país considerada uma nova fronteira para a indústria, afirmou nesta quarta-feira o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Efrain Cruz, ressaltando que a pasta está empenhada apesar das negativas do Ibama.

Ao ler um discurso enviado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, Cruz frisou ainda que o país não pode prescindir da exploração na região, que engloba bacias sedimentares do Rio Grande do Norte ao Amapá, com grande potencial para descobertas, mas enormes desafios ambientais.

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Ao iniciar sua fala, Cruz mencionou que o tema foi discutido nesta quarta-feira pela manhã em uma reunião com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante.

"Estávamos falando da dificuldade e do enfrentamento que foi explorarmos o pré-sal brasileiro (no passado) e não é diferente do que estamos vivenciando hoje com a Margem Equatorial", disse Cruz, durante cerimônia de assinatura dos contratos do 1º Ciclo da Oferta Permanente no Regime de Partilha de Produção de Petróleo no pré-sal, em Brasília.

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"Pela coragem, pela resiliência e pela capacidade de articulação do presidente Lula à época, hoje estamos aqui assinando esses contratos de partilha."

Na época em que o pré-sal foi descoberto, nos primeiros mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o país optou por adiar a concessão de novas áreas exploratórias nessa importante região produtora enquanto um novo regime fiscal exploratório foi desenvolvido.

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No caso da Margem Equatorial, houve nos últimos anos intensos debates que envolvem os desafios ambientais da região, onde não há a realização de novos poços exploratórios desde 2015.

Mais recentemente, o órgão ambiental federal Ibama negou em maio um pedido de licença ambiental da Petrobras para uma perfuração na Bacia da Foz do Rio Amazonas, uma das áreas que integra a Margem Equatorial. A petroleira recorreu então da decisão, mas ainda não obteve um retorno.

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Cruz destacou perspectivas do país de aumentar a produção nacional de petróleo, o que o ministério considera fundamental para que haja êxito durante o processo de transição energética no país.

ANP E AVANÇOS EXPLORATÓRIOS

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Também presente no evento, o diretor-geral da reguladora do setor de petróleo ANP, Rodolfo Saboia, defendeu a realização de novos leilões e também o avanço da exploração nas novas fronteiras exploratórias.

Segundo ele, a autarquia tem a expectativa de que seja possível anunciar uma nova rodada permanente de áreas para exploração e produção de petróleo e gás natural ainda neste ano.

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O início do quarto ciclo de oferta permanente "depende apenas de manifestação de interesse por parte de empresas interessadas e nós temos a expectativa de isso possa ocorrer em breve", afirmou.

"Para além disso, desejamos manter a produção crescente a partir de 2030. Precisaremos também buscar novas fronteiras exploratórias, essa é uma escolha estratégica que a sociedade precisa fazer e a ANP está pronta a fornecer todas as informações necessárias para que essa escolha seja consciente e bem informada", afirmou.

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Passados dez anos do primeiro leilão do pré-sal sob regime de partilha de produção, o Brasil falhou em confirmar novas grandes descobertas até agora, e a indústria do país urge por novos caminhos exploratórios que permitam manter a curva de produção em ascensão, antes que ela comece a declinar já a partir de próxima década.

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