Bom desempenho de Lula nas pesquisas está ligado ao fato de cumprir o que prometeu durante a campanha, diz Lavareda
"Os críticos cobram ‘novidades’, mas a tônica da campanha foi a reconstrução de programas que Jair Bolsonaro havia posto abaixo", diz cientista político
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247 - O cientista político e sociólogo Antonio Lavareda, do Ipespe, destaca que as pesquisas referentes aos 100 primeiros dias do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente do Executivo apontam que o governo está no rumo certo. “Lula teve 38% de ótimo/bom no Datafolha, parecidos com os 39% apontados pelo Ipec, que lhe deu ainda 53% de aprovação. O Datafolha não faz essa pergunta, mas indagou sobre o restante do mandato e colheu número próximo, um ótimo/bom de 50%. Quanto o presidente obtivera no segundo turno? 38,6% do total, contra 37,2% de Bolsonaro. Comparadas as pesquisas de agora com as urnas, é óbvio que o desempenho de Lula foi bastante positivo”, escreve Lavareda em artigo publicado neste domingo (16) pela Folha de S.Paulo.
Segundo o pesquisador, o bom desempenho está atrelado ao fato de que desde o início do governo Lula “pôs em marcha a maior parte dos compromissos repetidos na TV e nas redes durante a campanha: Bolsa Família de R$ 600 mais R$ 150 para as crianças de até 7 anos; salário mínimo com aumento real; Minha Casa, Minha Vida de volta; povos indígenas empoderados; combate ao garimpo ilegal; reinserção do país no cenário internacional. E a defesa da democracia, que ganharia relevo após o 8 de janeiro”.
“Os críticos cobram ‘novidades’, mas a tônica da campanha foi a reconstrução de programas que Jair Bolsonaro havia posto abaixo. E o conteúdo do ‘mandato’ se situou na dimensão social "lato sensu". Fica faltando a "picanha aos domingos", metáfora para a melhora da economia”, observa o sociólogo.
“Houve, como sempre ocorre, toda sorte de problemas, tragédias e escorregões retóricos, além dos atropelos políticos. Mas essas dificuldades não se sobrepõem —na ótica do eleitor— à avaliação da ação efetiva dos governantes. Nos 100 dias, se ele percebe que os recém-vitoriosos estão se esforçando para pagar as promessas, dobra sua aposta, reiterando apoio nas pesquisas. E mesmo alguns dos que não votaram nos vitoriosos se somam ao otimismo”, ressalta.
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