Bolsonaro diz que seria "afronta" TSE declará-lo inelegível
Ex-mandatário afirmou, ainda, que "gostaria de seguir 100% ativo na política"

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247 - Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cometerá uma “afronta” caso o declare inelegível no julgamento iniciado na manhã desta quinta-feira (22). "Na minha idade, [o que] gostaria de fazer, continuar ativo 100% na política. E, tirando seus direitos politicos que, no meu entender, é uma afronta isso aí, você perde um pouquinho desse gás", disse o ex-mandatário ao jornal Folha de S. Paulo poucas horas antes do início do julgamento que pode cassar os seus direitos políticos e de embarcar para o Rio Grande do Sul, onde participará de encontros da Transposul
Caso seja condenado, ele poderá se candidatar novamente apenas em 2030, aos 75 anos, resultando em sua exclusão de três eleições até lá (incluindo as eleições nacionais de 2026).
"Acredito que o que fiz ao longo de quatro anos é algo que merece ser estudado. A bandeira do Brasil, as pessoas passaram a respeitá-la, cantar o hino nacional, aprenderam a valorizar a liberdade. Elas conheceram as instituições", completou.
Questionado sobre suas expectativas em relação ao julgamento desta quinta-feira, Bolsonaro afirmou que não alimenta ilusões, mas também não mencionou possíveis sucessores.
"Com a minha idade, não vou criar ilusões", afirmou. "Peço desculpas, mas não gosto de falar no 'se' [caso seja declarado inelegível]. (...) Não podemos partir do pressuposto de que eu estou jogando a toalha. Qual é a principal acusação contra mim? Reuniões com embaixadores. Isso é um crime? Dois meses antes dessa minha reunião, o senhor Edson Fachin [ministro do STF] também se encontrou com embaixadores. A política externa é de competência exclusiva do presidente da República", disse.
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Bolsonaro está sendo julgado no âmbito de uma Aije (ação de investigação judicial eleitoral) movida pelo PDT em agosto de 2022. A ação solicita que o TSE torne Bolsonaro inelegível em função da reunião com embaixadores estrangeiros onde atacou as urnas eletrônicas e questionou, sem provas, a higidez do sistema eleitoral.
Ainda segundo a reportagem, os aliados do ex-mandatário aliados afirmam que a estratégia atual é tentar usar o julgamento como um "púlpito" para influenciar a opinião pública e reforçar o argumento de que ele é vítima de um processo injusto.
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