Barbosa finalizou sua parte do acórdão do mensalão
O acórdão reúne os votos dos magistrados no julgamento e oficializa as condenações, absolvições e penas. Além do presidente do Supremo Tribunal Federal e relator da ação penal, ministros que se aposentaram ao longo do processo --Cezar Peluso e Carlos Ayres Brito-- também já teriam entregue suas partes
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BRASÍLIA, 18 Fev (Reuters) - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, relator da ação penal do mensalão, comunicou aos demais ministros da Corte nesta segunda-feira que encerrou sua parte no acórdão do processo.
A comunicação foi feita por meio de ofício aos gabinetes e serve como uma forma de pressão para que os demais ministros também entreguem seus votos.
O acórdão reúne os votos dos magistrados no julgamento e oficializa as condenações, absolvições e penas. Ao ser publicado o acórdão, abre-se o prazo para as defesas apresentarem recursos. Apenas a parte de Barbosa tem mais de mil páginas.
Os ministros que se aposentaram ao longo do processo --Cezar Peluso e Carlos Ayres Brito-- também já teriam entregue suas partes, disse à Reuters uma fonte que acompanha o processo.
O prazo, segundo um dos ministros, é de 60 dias a partir da proclamação do resultado, sem contar o recesso do Judiciário, iniciado no final de dezembro e encerrado no início deste mês. O recesso começou logo após a conclusão do julgamento.
Os advogados de defesa tem, como regra geral, cinco dias para apresentar embargos após a publicação do acórdão. Neste caso, como o documento pode chegar a 20 mil páginas, as defesas pediram mais tempo --ou o acesso aos textos na medida em que os ministros fossem liberando.
Barbosa, segundo uma fonte do STF, não dará acesso de sua parte às defesas antes do prazo legal.
Vinte e cinco réus foram condenados no julgamento do mensalão, que, segundo determinou o Supremo, foi um esquema de compra de apoio político durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Entre os condenados estão o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro da sigla Delúbio Soares e o empresário Marcos Valério, apontado como operador do esquema.
(Reportagem de Eduardo Simões)
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