Bandido da USP já está livre para matar outra vez

Um escrnio; no havia outra opo seno atirar, disse Irlan Santiago, que se entregou polcia e admitiu ter participado do assalto seguido de morte do estudante Felipe Ramos de Paiva



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Brasil 247 _ É por casos como esses que, de acordo com todas as pesquisas, a Justiça e a polícia se consolida como uma das instituições mais frágeis do País na opinião do público. Sim, o assunto aqui é a soltura do réu confesso de participação no assassinato do estudante da USP Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, que cursava a Faculdade de Economia e Adminstração, em 18 de maio. O bandido Irlan Graciano Santiago, de 22 anos, entregou-se na tarde de ontem à delegacia de homicídios, contou como ajudou um comparsa a matar Felipe com tiro à queima roupa no estacionamento da escola e, em seguida, calma e tranquilamente, saiu livre pelas ruas. Incômodo zero. Em lugar de ficar preso, obteve, automaticamente, a liberdade.

“Existe um risco de o criminoso fugir, mas isso seria pior para ele”, limitou-se a dizer o delegado Maurício Guimarães Soares, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Por ter se apresentado por vontade própria, não exibir passagem pela polícia e possuir residência fixa, Irlan foi solto depois de dar um depoimento em que, com todas as letras, confessou como ele e um comparsa, cujo nome não revelou, mataram Felipe. “Ele reagiu e poderia até ter nos matado com a nossa arma”, disse o bandido, que, ao melhor estilo das celebridades, deu entrevistas na delegacia. Ele lembrou que Felipe, ao ser atacado, deu “dois socos na cara” do homem que estava armado. “Ele não teve outra opção senão atirar”, continuou. Segundo o réu confesso, o disparo feito pelo parceiro foi “a esmo”. Irlan assumiu que a abordagem feita sobre Felipe tinha o objetivo de roubar-lhe o carro. À saída, no melhor estilo das celebridades, o advogado Jeferson Baldan procurou justificar o fato de seu cliente não ter revelado o nome do autor do tiro – se é que a versão dele é, efetivamente, verdadeira. “Nessa profissão também existe ética”, afirmou, chamando bandido de profissional e acobertamento de informação relevante de postura ética. Ele insistiu que Irlan participou do assalto seguido de morte por estar “enfrentando dificuldades financeiras”. O máximo que se conseguiu, na delegacia, ontem, foi abrir um processo criminal no qual Irlan irá responder por latrocínio (assalto seguido de morte).

De acordo com o delegado Maurício Guimarães Soares, antes de atacar o universitário, a dupla tinha feito refém uma mulher dentro do campus. Segundo ele, uma mulher em um carro de cor escura foi abordada antes de Paiva. A dupla resolveu não assaltá-la depois de perceber que ela era deficiente, mas pediu que ela dirigisse até eles encontrarem outra vítima. Foi quando avistaram o estudante.

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Santiago disse que ficou no carro, ao lado da motorista, enquanto o parceiro desceu do veículo. Paiva teria reagido e o comparsa atirou. Os dois, então, fugiram no veículo. O jovem foi indiciado por latrocínio e responderá em liberdade. Ao final do inquérito, a polícia pedirá a prisão preventiva de Santiago.

 

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