Bancos terão câmeras de vigilância externa

Justia deu prazo at novembro para instituies melhorarem segurana em todo Estado de So Paulo



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Fernando Porfírio_247 - Apesar da crescente onda de assaltos e roubos a bancos e caixas eletrônicos, a poderosa Febraban (Federação Brasileira de Bancos) resiste à singela obrigação de instalar câmeras de vigilância na parte de fora das agências bancárias. Alega que vigiar a rua é atribuição do poder público. Em decisão recente, o Tribunal de Justiça de São Paulo não entendeu assim.

A corte de justiça de São Paulo determinou que os bancos tem prazo de quatro meses para instalar câmeras de monitoramento externo de suas agências na cidade de São Vicente, no litoral paulista. A vigilância no entorno das agências passa a ser obrigatória entre 6h e 22h.

O tribunal ainda determinou que as imagens gravadas devem ser arquivadas por 30 dias e ficar à disposição da polícia e da justiça. A Febraban não gostou da lei alegando que a medida era arbitrária.

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“Não é inadequada, excessiva ou arbitrária a exigência legislativa que impõe providência mínima e até mesmo simples como a instalação de câmeras de vigilância”, respondeu o desembargador Jurandir de Sousa Oliveira, relator do recurso da Febraban no Tribunal de Justiça. “A lei visa, singelamente, melhorar a segurança no atendimento dos clientes dos bancos”, completou o relator.

De acordo com dados divulgados na semana passada pela Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), no país 20 pessoas foram mortas em assaltos a bancos no primeiro semestre deste ano. Segundo a pesquisa, a maior incidência foi o crime conhecido como “saidinha de banco”, que fez 11 vítimas.

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A média é de três mortes a cada mês. “O número de mortes é assustador e preocupante”, afirma o diretor da Contraf e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr.

A Contraf diz que o número corresponde a um crescimento de 81% das ocorrências em relação a 2010, quando foram contabilizadas 11 mortes no mesmo período. Em todo ano passado, 23 pessoas morreram em assaltos a bancos e nas proximidades das agências.

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“A estatística comprova o descaso e a escassez de investimentos dos bancos em medidas e equipamentos de prevenção contra assaltos e sequestros, bem como revela a precariedade da segurança pública diante da falta de mais policiais e viaturas nas ruas e ações de inteligência para evitar ações criminosas”, diz o coordenador da Contraf.

Outro crime em crescimento no país é a explosão de caixas eletrônicos. De acordo com dados da Polícia Civil de São Paulo, de janeiro a julho, já são 82 casos de ataques a caixas eletrônicos. O crime acontece durante a noite e madruga.

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O levantamento da polícia diz respeito à região metropolitana da capital paulista. Foram 43 casos na capital e 39 nas cidades da chamada Grande São Paulo. Segundo a polícia, destes 82 casos, em 56 deles os criminosos estavam munidos de explosivos.

 

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