Avião de Eduardo: Marina se cala e Beto desafia PF
Questionada sobre a investigação da Polícia Federal, que apura se a aeronave que matou Eduardo Campos e outras seis pessoas foi comprada com recursos de caixa dois de pessoas próximas ao ex-governador pernambucano, a candidata Marina Silva, do PSB, preferiu o silêncio; quem foi escalado para falar foi seu vice, o deputado Beto Albuquerque (PSB/RS), que desafiou a PF; "Não sei o que a Polícia Federal está falando, mas se ela está falando, ela precisa apurar antes de falar. O partido prestará informações a todos sobre as condições daquele contrato", afirmou; PSB está numa sinuca de bico, uma vez que a aeronave era uma espécie de avião fantasma, sem dono declarado; se o imbróglio persistir, PSB pode ter sua candidatura cassada
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247 - O PSB continua encontrando dificuldades para explicar a quem pertencia o avião que vitimou Eduardo Campos e outras seis pessoas, na recente tragédia aérea em Santos. Os antigos proprietários, do grupo AF Andrade, alegam ter vendido a aeronave a pessoas próximas a Eduardo Campos. O empresário que teria intermediado a transação, o pernambucano Aldo Guedes, sócio de Campos numa fazenda, nega ter adquirido a aeronave. O problema é que, tanto em um caso como em outro, o avião não poderia ter sido cedido à campanha, por não pertencer a uma empresa de táxi aéreo. E ninguém se dispõe a assumir a propriedade, uma vez que teria que arcar com os custos de indenizações às vítimas do acidentes.
Caso o imbróglio persista, a candidatura do PSB à presidência da República, encampada por Marina Silva, poderá até ser impugnada, uma vez que o uso da aeronave, também utilizada por Marina em outros voos, configuraria fraude à Justiça Eleitoral (leia mais aqui).
É uma situação tão delicada que Marina Silva, que fez campanha hoje em São Paulo, se negou a falar sobre o caso. Quem se pronunciou foi seu vice, Beto Albuquerque (PSB-RS), em tom de desafio à Polícia Federal, instando as autoridades policiais a provar qualquer irregularidade – na verdade, caberá ao PSB provar que o avião tinha dono, poderia ter sido usado como táxi aéreo e foi, de fato, contratado pela campanha.
Leia, abaixo, trecho da reportagem da Agência Brasil sobre a evasiva de Marina Silva e a declaração de Beto Albuquerque:
Ao ser questionada sobre notícia publicada hoje pela Folha de S.Paulo de que a Polícia Federal vai investigar se a aeronave do acidente que matou Eduardo Campos foi comprada com dinheiro de caixa 2 do PSB, Marina deixou que seu vice, Beto Albuquerque, respondesse à pergunta. “Continuamos querendo explicações das causas do acidente, como ele caiu e porque a caixa-preta não tinha gravado [a conversa no avião]. Não sei o que a Polícia Federal está falando, mas se ela está falando, ela precisa apurar antes de falar. O partido prestará informações a todos sobre as condições daquele contrato”, falou ele, acrescentando que o PSB deve se pronunciar durante a semana sobre o assunto.
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