Auxiliar de Youssef tenta fechar acordo de delação premiada com a Justiça
O auxiliar do doleiro Alberto Youssef, Rafael Ângulo Lopez, está fechando um acordo de delação premiada com as autoridades que investigam os desvios de recursos da Petrobras; Lopez teria registros de todas as operações que fez a mando do ex-chefe Youssef, que já fez acordo de delação premiada; conforme reportagem de Veja, entre os políticos que receberam dinheiro em espécie entregue por Lopez, estão o senador Fernando Collor (PTB-AL), a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB) e o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto; todos eles negam ter participado em irregularidades
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247 – O auxiliar do doleiro Alberto Youssef, Rafael Ângulo Lopez, está fechando um acordo de delação premiada com as autoridades que investigam os desvios de recursos da Petrobras. Lopez teria registros de todas as operações que fez a mando do ex-chefe Youssef, que já fez acordo de delação premiada com a Justiça – quando o réu colabora com as investigações em troca de redução da pena.
Conforme reportagem de Veja, publicada neste sábado (13), entre os políticos que receberam dinheiro em espécie entregue por Lopez, estão o ex-presidente da República e senador Fernando Collor (PTB-AL), a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB) e o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Todos eles negam ter participado em irregularidades.
Collor teria recebido R$ 50 mil em um apartamento no bairro da Bela Vista, em São Paulo. O senador, no entanto, negou conhecer o doleiro e irregularidades. Para Roseana, o valor repassar seria de R$ 900 mil no Palácio dos Leões, sede do governo do Maranhão. Por sua vez, Vaccari Neto teria se beneficiado com R$ 500 mil.
Outros nomes citados na reportagem são ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, os deputados federais Luiz Argôlo (SD-BA) e Nelson Meurer (PP-PR) e o ex-deputado André Vargas (sem partido-PR), cujo mandato foi cassado na semana passada.
Meurer disse que nunca esteve com Lopez, e que ele terá que provar na Justiça as acusações. Já Adriano Bretas, advogado que representa o ex-funcionário de Youssef citado na reportagem afirmou que não se pronunciaria.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki negou pedido de liberdade a 11 investigados na Operação Lava Jato, da Polícia Federa (PF), que investiga um esquema de lavagem de dinheiro em nível nacional envolvendo a Petrobras, empreiteiras e políticos. A movimentação alcançou cerca de R$ 10 bilhões, conforme as investigações.
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, em prisão domiciliar e que fez uma acordo de delação premiada coma Justiça, já havia informado que PT, PMDB e PP foram os principais partidos beneficiados do esquema de pagamento de propina por parte de empreiteiras. PSDB e PSB também forma privilegiados. Pelo menos 60 políticos estariam na lista de Youssef como beneficiários do esquema (leia mais aqui).
Na quinta-feira (11), a Justiça Federal do Paraná denunciou 36 pessoas pelos crimes de corrupção, formação de quadrilha, corrupção e lavagem de dinheiro. Destas, 22 eram ligadas às empreiteiras envolvidas no esquema. O Ministério Público Federal (MPF) informou que deve pedir na Justiça o ressarcimento aos cofres públicos de R$ 971.551.352,28 de todas as empresas denunciadas. O valor representa cerca de 3% do que o MPF considera que foi desviado dos contratos com a Petrobras.
Uma planilha apreendida no escritório do doleiro Alberto Youssef lista 747 obras de infraestrutura de 170 empresas, cujos valores chegam a R$ 11,5 bilhões - 59% das obras têm a Petrobras como cliente final, segundo as investigações.
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