Aurélio Miguel é investigado por suspeita de propina

A denúncia contra o vereador por São Paulo foi feita durante as investigações sobre o possível enriquecimento ilícito de Hussain Aref Saab, ex-diretor do Aprov

Aurélio Miguel é investigado por suspeita de propina
Aurélio Miguel é investigado por suspeita de propina (Foto: Divulgação)


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Fernando Porfírio _247 - O vereador Aurélio Miguel (PR) passou a ser investigado criminalmente pelo Ministério Público paulista. Nesta segunda feira (18), o Gaeco, braço do MP atua no combate ao crime organizado, decidiu abrir um procedimento de investigação criminal contra o vereador. O parlamentar é acusado de supostos achaques durante a CPI do IPTU. Testemunhas ouvidas pelos promotores apontam que o vereador levou propina de R$ 640 mil de empresas de shopping da capital.

O vereador nega e disse que vai processar seus acusadores. A denúncia contra Miguel foi feita durante as investigações sobre o possível enriquecimento ilícito de Hussain Aref Saab, ex-diretor do Aprov, o setor da Prefeitura responsável pela aprovação de empreendimentos com mais de 1,5 mil metros quadrados, na cidade de São Paulo.

De acordo com a investigação, Aref comprou 106 apartamentos durante o tempo que ocupou a direção do Aprov. Segundo o Ministério Público, 95% do seu patrimônio foi adquirido durante esse período. Ele nega as acusações de corrupção e de enriquecimento ilícito.

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As histórias de Aref e Miguel se cruzaram na investigação depois que a ex-diretora financeira do grupo Brookfield Gestão e Empreendimentos, Daniela Gonzalez, entregou aos promotores notas fiscais e e-mails que sustentariam sua acusação de que o grupo pagou R$ 1,6 milhão em propinas para liberar obras irregulares nos Shoppings Pátio Paulista e Higienópolis.

Segundo a BGE, a acusação feita por Daniela tem motivação financeira, pois a diretora processa a empresa para receber R$ 3,6 milhões e é acusada pelo grupo de desviar recursos da empresa. A BGE nega as acusações.

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As novas testemunhas do caso confirmaram a denúncia de pagamento de propina e aumentaram o peso da acusação contra o vereador. As testemunhas foram ouvidas em sigilo pela promotoria. Elas trabalharam na empresa BGE a exemplo de Daniela Gonzalez – uma delas controlava pagamentos feitos pelo grupo.

Elas entregaram aos promotores notas fiscais de empresas supostamente usadas pela BGE para esconder o pagamento de propina - ela seria dissimulada como se o dinheiro tivesse sido usado para pagar reformas.

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Foi isso que teria ocorrido, de acordo com as investigações, para disfarçar os supostos pagamentos a Miguel. Instaurada em março de 2009, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do IPTU foi presidida pelo vereador Aurélio Miguel (PR) e durou oito meses. A comissão, que investigou diversas obras em shoppings, terminou sem apontar existência de crime ou prática condenável.

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