Auditores-fiscais assinam moção em repúdio à conduta do ex-secretário de Receita sobre manobras para liberar joias sauditas

"Além de ilegal e antiética, a suposta intervenção revelaria torpe subserviência e representaria tentativa de inibir e coibir a conduta ilibada dos colegas", diz documento

(Foto: Divulgação)


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247- Auditores e auditoras-fiscais assinaram nesta quinta-feira (23), durante a reunião do Conselho de Delegados Sindicais do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco) no Paraná, uma moção em repúdio às condutas do então secretário Federal da Receita do Brasil Júlio Cesar Vieira Gomes, no episódio da apreensão das joias sauditas que entraram no Brasil de forma ilegal através do assessor do ex-ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque.

Segundo a categoria, a “seria inadmissível que um secretário da Receita Federal se permitisse pressionar as auditoras e auditores-fiscais da Alfândega do Aeroporto de Guarulhos para liberar as joias em atendimento, em tese, a insistentes pedidos do então presidente da República, Jair Bolsonaro, inclusive no apagar das luzes de seu mandato”

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Os profissionais consideram (se comprovadas) ilegais e antiéticas as manobras do ex-gestor para liberar as joias. Uma atitude de subserviência a Jair Bolsonaro em detrimento à conduta dos auditores que se recusaram a atender aos pedidos de liberação.

“Além de ilegal e antiética, a suposta intervenção – ainda em apuração – do ex-secretário da Receita Federal revelaria torpe subserviência ao chefe do Executivo e representaria tentativa de inibir e coibir a conduta ilibada dos colegas auditoras e auditores-fiscais, que impediram a entrada irregular das joias sauditas no país”.

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No mesmo evento, os delegados e delegadas assinaram uma moção de aplauso pela conduta exercida pelos profissionais da alfândega, que mesmo pressionados atuaram, nos rigores da lei, no episódio da apreensão de joias. 

“É sabido que esses colegas sofreram todo tipo de pressão de prepostos do ex-presidente da República, entre eles, segundo a imprensa, ministros e até mesmo o ex-secretário da Receita Federal, Julio Cesar Vieira Gomes, para que não exercessem, mitigassem e abrissem mão da autoridade do cargo de Auditor-Fiscal. Ignorando tais pressões, eles cumpriram seus deveres legais de modo exemplar, com reconhecimento explícito e eloquente da opinião pública nacional e internacional”, destaca o documento.

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