Auditores apontam risco de 'cartel da leniência'

Quatro associações de auditores de tribunais de contas de todo contestam o advogado-geral da União, ministro Luís Inácio Adams, que sustenta que a leniência na esfera administrativa, a cargo da CGU, não provoca qualquer reflexo na esfera penal; em nota, eles afirmam que a Controladoria-Geral da União não pode atuar como ‘enfermaria de empresas acusadas de fraudar o Estado’ e afirmam que os acertos na esfera administrativa podem livrar as empreiteiras de punições, como acusações na Justiça por crime de cartel, multa de até 20% do faturamento bruto do empreendimento e proibições de novos financiamentos com dinheiro público

Brasília - O advogado-geral da União, Luis Inácio Adans, durante coletiva comenta a nova lei orgânica da AGU, normalizada através da Lei 73/93
Brasília - O advogado-geral da União, Luis Inácio Adans, durante coletiva comenta a nova lei orgânica da AGU, normalizada através da Lei 73/93 (Foto: Roberta Namour)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 – Quatro associações de auditores de tribunais de contas de todo o país contestaram a defesa dos acordos de leniência feita pelo advogado-geral da União, ministro Luís Inácio Adams, no quadro da operação Lava Jato.

Em nota divulgada neste domingo, eles afirmam que a Controladoria-Geral da União não pode atuar como ‘enfermaria de empresas acusadas de fraudar o Estado’.

Os auditores afirmam que os acertos na esfera administrativa podem livrar as empresas de punições, como acusações na Justiça por crime de cartel, multa de até 20% do faturamento bruto do empreendimento e proibições de novos financiamentos com dinheiro público.

continua após o anúncio

A nota se refere à mensagem de Adams divulgada no site da Advocacia Geral da União (AGU), no sábado, em que sustenta que a leniência na esfera administrativa, a cargo da CGU, não provoca qualquer reflexo na esfera penal. "O acordo de leniência é uma solução para uma penalização administrativa, não tem nenhuma função na área penal, não isenta o criminoso, não impede a produção de provas. É um instrumento que na verdade potencializa a investigação", ressaltou Adams.

Leia aqui reportagem de Murilo Camarotto sobre o assunto. 

continua após o anúncio

 

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247