Após Zé Trovão pedir que EUA prendessem Nicolás Maduro, jurista questiona se ele incorreu em crime contra a soberania do Estado
Para Marcelo Uchôa, "é preciso analisar direitinho a peça encaminhada à Embaixada dos EUA pelo deputado José Trovão pedindo a intervenção nos assuntos internos do Brasil"

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247 - O jurista e professor Marcelo Uchôa usou as redes sociais para questionar se o deputado federal bolsonarista Zé Trovão (PL-SC) incorreu em crime contra a independência e a soberania do Estado ao enviar um ofício à Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, na segunda-feira (29), onde informava a presença do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no país, e solicitava a verificação de “quais medidas poderiam ser adotadas pelo governo americano para a captura deste criminoso”.
“É preciso analisar direitinho a declaração e a peça encaminhada à Embaixada dos EUA pelo deputado José Trovão pedindo a intervenção norte-americana nos assuntos internos do Brasil para saber se ele não cometeu crime contra a independência e a soberania do Estado”, escreveu Uchôa no Twitter.
No ofício enviado à representação diplomática estadunidense, Zé Trovão diz que o nome de Maduro consta no site do Drug Enforcement Administration (DEA), como “procurado por autoridades norte-americanas, acusado pelo procurador-geral dos Estados Unidos, sr. Willian Barr, dos crimes de narcotráfico, terrorismo internacional e corrupção”. Zé Trovão, porém omitiu no ofício que ele mesmo já teve experiências com cocaína.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, desembarcou em Brasília na noite do domingo (28) para uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na segunda-feira e com outros presidentes sul-americanos ao longo da semana. Nesta terça-feira (30), Maduro participa de uma reunião com líderes dos 12 países da América do Sul realizada em Brasília e proposta pelo presidente Lula visando uma maior integração entre os países da região.
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