Anvisa orienta como deve ser feito descarte de silicone

Depois de denncias contra marcas PIP e Rofil, Agncia lana comunicado sobre procedimento de retirada das prteses dos seios

Anvisa orienta como deve ser feito descarte de silicone
Anvisa orienta como deve ser feito descarte de silicone (Foto: ERIC GAILLARD/REUTERS)


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Ana Beatriz Camargo para o Brasil 247 - No começo deste ano, a comunidade médica e as mulheres que recorreram ao implante de silicone se depararam com denúncias de que duas das grandes produtoras de próteses estariam usando um gel industrial prejudicial ao corpo humano. A francesa PIP – Poly Implant Prothese – e a holandesa Rofil foram responsabilizadas pelo número crescente de casos de rompimento de próteses mamárias, especialmente na França, já que ambas utilizam o mesmo gel de baixa qualidade, o que diminui a vida útil do implante.

Segundo a BBC Brasil, haveria mais de 400 mil mulheres com próteses da PIP e Rofil espalhadas por 65 países – 30 mil delas na França, onde a operação para a retirada do silicone será custeada integralmente pelo governo. No Brasil, apesar de a comercialização dessas marcas ser proibida desde 2010, estima-se que 25 mil brasileiras tenham implantado silicone com o gel de alta coesividade. Esse líquido, em caso de ruptura da prótese, pode levar a infecções dos tecidos próximos às mamas e até ao aparecimento de nódulos.

A veterinária Camila Faldon, de 26 anos, sabe bem o problema que uma prótese estourada pode causar. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ela contou que três anos após o implante uma nova cirurgia foi necessária, só que desta vez para remover o silicone. Em 2010, quando surgiram denúncias sobre a PIP – marca das suas próteses – ela fez uma ressonância magnética e descobriu que o gel estava vazando para os linfonodos da sua axila.

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Para investigar casos semelhantes ao de Camila, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recolheu lotes de próteses das marcas PIP e Rofil para submetê-los a análise em laboratório. Quanto às próteses retiradas das pacientes, a Agência indica que o descarte nos hospitais públicos e privados deve seguir o procedimento padrão de todo material que contém resíduo humano. Ou seja, a prótese deve ser descartada em local credenciado sob total responsabilidade da instituição de saúde. Caso a paciente queira ficar com a sua prótese, também é permitido. Recomenda-se apenas que seja feita a esterilização correta do produto por parte do serviço de saúde que realizou a operação.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Cirurgia Plástica, Sebastião Guerra, as pacientes devem exigir o termo de qualidade da prótese na hora da cirurgia, uma vez que esse documento traz, além da marca do produto, o seu número de identificação, essencial para rastrear o lote do qual ele faz parte. Para quem tem prótese da PIP, Guerra recomenda acompanhamento a cada dois anos – e não a cada dez, como é de costume – uma vez que a fragilidade dessas próteses já é sabida.

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